Este não está nada bem

 Esta é tão louca que não resisto.
Nos comentários a um artigo intitulado "Lua Azul ocorre esta sexta-feira" , o 1º comentário é este...
TEORIACONSPIRACAO
31.08.2012 - 09:27
bom dia ppl., esta coisa fenomeno????!!!! s.f.f. para quem postou esta noticia verificar se realmente a lua é natural, é que acho que andam engandos e a enganar srá de proposito??? deixo uma dica : porque é que os buracos nao passam de 4 km??? porque é que o sismografo colocado na lua e testou 1 kg de tnt registou uma onda de choque de 28 m e tal? se fosse um satelite natural essas ondas de choque desapareciam certo?? É favor de investigar antes de postar baboseiras. feliz dia.
Nem me ocorre dizer grande coisa. Só achei que tinha que "guardar" isto. Irá desaparecer do jornal e esta pérola não se pode perder.

Pânico?

Divulgação de 1.500 maçons na internet lança pânico

Porque é que a divulgação de 1500 membros de uma organização tão empenhada no "bem comum" poderá lançar o pânico?

Não percebo. Se eu fosse membro da AMI, por exemplo, não ficaria nada preocupado que o meu nome se soubesse. Como a AMI há dezenas de organizações por esse país fora que são de reconhecido mérito e que prestam um serviço à sociedade que só enobrece os seus membros.

Com a Maçonaria o resultado parece ser o inverso. Os seus membros entram em pânico quando se sabe que lhe pertencem. Porque será?

Eu tenho uma teoria acerca disto...

Talvez seja porque a Maçonaria que diz defender princípios de elevado valor moral e ético se tornou numa rede escondida de tráfico de influências.

Chegando alguns dos seus membros ao poder, passam a escolher para esse mesmo poder os membros da causa que são seus "conhecidos". A desculpa é que sabem que, à sua semelhança, são pessoas íntegras e guiadas pelos mais elevados valores. Assim, a possibilidade de se dar ou sugerir para o lugar a mais um membro da "causa" é muito maior do que se o candidato não for maçon.

A Maçonaria perpetua-se no poder. E como toda a organização que tem acesso aos mais altos cargos, passa a ter entre os seus aqueles que anseiam por esses cargos.

Não me venham dizer que a Maçonaria é muito exigente quanto à "qualidade" dos seus membros. Zorrinho e Almeida Santos constam da lista publicada. Qualidade? Altos valores morais? Em qual dos dois, podem dizer-me?
Zorrinho não passa dum lambe botas de quem está a mandar. Seja Sócrates seja Seguro. Será também com Costa.
De Almeida Santos estamos conversados.

Não me espanta que o pânico grasse na Maçonaria. Ninguém no seu perfeito juízo acredita que a Maçonaria é mais do que um grupo de tontos de avental que se juntam para discutir quem é que vai para secretário de estado, ministro ou administrador de uma empresa pública.

A Maçonaria é a versão multipartidária do lixo que existe nos partidos. Não admira mesmo nada que o regime se perpetue, sujo e corrupto, quando os seus ocupantes pertencem a uma organização cujo único objectivo é o poder. Muito éticos e moralmente superiores estão envolvidos em casos de falta de ética e favorecimento muitas e muitas vezes.
Acham que é por acaso que a ideia que os não maçons têm da Maçonaria é que eles são um grupo que parte e reparte a melhor parte entre si? De onde veio essa ideia? Inveja? Acredito que sim por parte de alguns, mas na maior parte é apenas uma constatação da realidade. A proporção de maçons em lugares de poder é completamente desviada daquilo que seria estatisticamente normal.

Conheço um caso bem concreto de alguém que foi aconselhado a pertencer se quisesse ser "alguém na vida". A minha surpresa foi que o indivíduo em causa não aceitou. Ele queria ser mesmo alguém na vida. O outro que fez a sugestão não me surpreendeu. Era claramente um imbecil, espertalhoco e manifestamente incompetente para o cargo que desempenhava. Lá se percebeu como lá tinha chegado.

Esta é a minha teoria. Esta sociedade secreta tornou-se um pouco menos secreta com a publicação da lista de nomes. Os "irmãos" andam borrados de medo. Após a tentativa de desacreditar a lista com comentários patéticos chegou-se á conclusão que a lista é bem real. Os que não são maçons e constam da lista são os que já morreram. Outros mudaram de "loja".

Zorrinho tinha que juntar à sua idiotice e sabujice mais uma qualidade.
Já calculava que ele nunca chegaria onde chegou se fosse apenas por mérito.
Desculpem lá o mau jeito mas o homem parece ser deficiente mental.

FUD (Fear, uncertainty and doubt)

Desde o dia em que António Borges falou que nada ficou igual.

Os defensores da TV pública têm-se desdobrado em argumentos, uns mais sensatos outros menos, em demonstrar a importância de o Estado ter um ou mais canais de televisão.

Ouvi ontem José Manuel Fernandes num comentário de uma lucidez notável desmontar algumas das ideias a que se tem dado eco em defesa da RTP pública.

Estou perfeitamente de acordo com ele a não ser num ou noutro detalhe.

Os mitos urbanos...

A RTP dá lucro
Este é talvez o argumento mais hilariante de todos.
A televisão estatal enterrou em 10 anos qualquer coisa parecida com 4 mil milhões de Euros dos contribuintes.
Desde as indemnizações compensatórias até às entradas de dinheiro para pagar a dívida, a RTP significou em 10 anos um buraco igual a dois anos de 13º e 14º mês da função pública.

Diz agora que tem um plano para ser auto suficiente. Um plano.
Cavalgando neste argumento do plano, a RTP passou magicamente de buraco negro dos dinheiros do contribuinte para uma estação lucrativa. Ainda não há resultados do plano, a maior parte das pessoas não sabe que o plano preconiza entre outras coisas acabar com a RTP Açores e Madeira, mas já falam em lucro.
Se não se pode chamar a isto má fé, pode pelo menos chamar-se precipitação. Creio bem que o plano da RTP só tem um destino - o falhanço. Como todos os outros antes disso e que levaram a transferências do Estado para pagar o falhanço dos outros planos. Esses planos chamam-se - gestão miserável.
Só para pagar com lucros o que estoirou teria de operar com lucros fantásticos durante ANOS. Não vai acontecer. NUNCA.

Como é que uma empresa a quem o Estado paga as famosas indemnizações compensatórias, a quem o Estado tira do cidadão 140 Milhões por ano e lhes dá a eles, ao que juntam ainda uns 50-60 milhões de publicidade pode dizer toda orgulhosa que fez um resultado positivo em 2010 e 2011 de uma dezena de milhões de Euros? Estão maluquinhos ou quê? Este resultado positivo é sem a taxa do audiovisual? Sem o dinheiro do Estado? Tendo que pagar os juros e amortização da dívida que contraíram?
Não é pois não? Então parem de falar de "lucro" da RTP porque ele simplesmente não existe.
Bastava a RTP ter de pagar a dívida que contraiu para ser imediatamente inviável.


A RTP presta um serviço público inestimável
Também este argumento é altamente debatível.
A RTP 1 tenta competir directamente com os canais privados com armas desiguais. Se falhar redondamente lá está o Estado para entrar com a massa. Se falhar em audiências (e falha) tem a almofadinha por baixo. Recebe do contribuinte, que nada tem a dizer na matéria, a taxa cobrada na conta da EDP e ainda as receitas de publicidade.
A sua má audiência é conseguida à custa de programas popularuchos, sem qualquer valor cultural ou educativo. Cai na vulgaridade mais básica e mesmo assim não consegue ganhar.
Bola e novelas. Nisto nada se distingue da SIC e TVI. Se se diz que a RTP presta serviço público então as outras também o devem estar a fazer. Sem receber um chavo do Estado por isso.

A RTP 2 é de elevado interesse cultural
Os que dizem isto não a devem ver com certeza. A RTP 2 tem 3% de share. Em cada 100 portugueses 3 vêm a 2. O que a coloca ao nível de uma televisão por cabo das más.
Os seus conteúdos são quase tudo menos educativos, formativos ou culturais.
Passam as mesma séries requentadas que se podem ver na AXN e FOX. Passam desenhos animados de manhã e de tarde. Passam uns documentários assim assim à noite.
Aposto que muitos dos defensores da RTP 2 não devem sequer saber do que estão a falar. Não devem fazer a mínima ideia da irrelevância cultural em que a 2 se tornou.
Não deve ter custos disparatados é certo, mas estou seguro que com muito menos custos se faria um canal equivalente.

A medida é inconstitucional
«Acho que era uma pouca vergonha. Mas, como agora foi considerado que esse modelo de concessão seria inconstitucional, vão ter de mudar de opinião», disse Mário Soares em declarações ao DN.

A medicação não lhe deve andar a fazer nada bem, nem a dosagem deve estar correcta.
Ainda nem sequer há lei que regule o processo e já é inconstitucional. Não me consta que "pareceres" de TV por parte de constitucionalistas sirvam para aferir isto. Tanto quanto sei é o Tribunal Constitucional que o faz e... ainda não o fez.
O que a constituição diz é que o Estado deve assegurar um serviço público de televisão. Não estou tão certo que o tenha de fazer através de uma empresa pública. É isso que acontece hoje. O serviço público é concessionado à RTP que por acaso é uma empresa pública.
A diferença é que se fosse uma empresa privada, o Estado não teria de sustentar todo o disparate de gestão que significa 400 milhões/ano de Euros aos contribuintes.
Seja como for a proposta saiu e não me parece que já esteja alguma coisa escrita em pedra.

Ontem também, na sua habitual sessão de vitríolo, Capucho dizia que estava a ver o que se passou.
"O governo tinha recuado" quando assistiu ao mal estar generalizado causado pela proposta.

Não sei em que mundo vive Capucho. Sei que detesta Passos e não perde uma oportunidade para segregar fel.
Nem o governo ainda falou nem o governo ainda recuou ou avançou ou o que quer que seja.
Quanto à indignação generalizada também tenho as minhas dúvidas. A indignação veio da RTP (claro) do PCP, BE e PS. E tudo o resto? Permanece em silêncio, mas acho eu que deve contar.
Ou as contas de Capucho cingem-se à sua pessoa, oposição e entidade "interessada"?

O problema destes "desistentes" da política é sempre o mesmo. Não desistem. Fazem apenas retiradas estratégicas até ao momento em que voltam. Capucho afasta-se do PSD. Mas não perde uma oportunidade de espetar a faquinha.
Tinha alguma consideração por ele até ao dia em que percebi que o problema dele é mais uma questão de poder pessoal do que uma questão de bem comum. Se não é parece.

Em suma, muita parra e pouca uva. Desde Louçã que afirma que o Governo vai dar a RTP até ilustres cabeças que já afirmam a inconstitucionalidade da medida já vimos de tudo numa semana.
Já vimos cisões entre a coligação, a RTP a dar lucro (futuro) a RTP2 a ser um canal importantíssimo.
A festa ainda não acabou e já gastaram os foguetes quase todos.
No fim vai acabar com um foguete chocho.

Demagogia de feira

Tem-se falado muito da "privatização" da RTP.
Compreendo que um país deva ter a sua televisão pública. Mas percebo e acredito que uma televisão pública deva ter alguma utilidade pública.
Coisa que a RTP manifestamente não tem.

Já estive no estrangeiro em sítios onde a RTP Internacional estava disponível. Ao fim de alguns minutos preferi ver um qualquer outro canal. Para lá da informação que ainda tinha algum interesse para mim, tudo o resto não me interessou. Devo dizer que sou daqueles que vivia perfeitamente se o futebol não existisse.

No caso da RTP 1, recuso-me a ver a tamanha porcaria de programação com que nos presenteiam. Recuso-me a ver programas para débeis mentais desenhados para as audiências. Concursos requentados de gente que canta e gente que dança e gente que faz na maior parte das vezes uma gigantesca figura de parvo.
Até há algum tempo ainda via o noticiário. Deixei do o fazer. O nível de qualidade da informação da RTP passou a ser igual aos outros: uma trampa que parece ser feita por estagiários espirituosos.

A RTP 2 era, ainda assim, aquela que me merecia mais respeito. Mas noto que muito poucas vezes a vejo. O seu conteúdo apesar de ser mais formativo que o resto é de fraco interesse. Os bons documentários foram dando lugar a séries que podemos ver noutro canal de cabo qualquer. Que espécie de serviço público é esse?

Como é possível que estes canais gastem 1.5 milhões de Euros por dia para nos trazer conteúdos deste calibre?

Estou seguro que a BBC gastará mais. Não me espanta. O país é muito maior e a comunidade de língua inglesa neste mundo é enorme. A BBC sempre foi uma referência de boa informação. Mal seria se até a BBC ainda conseguisse ser mais barata que a RTP.

Não vejo portanto grandes razões para se ter canais públicos que competem com os privados baixando a qualidade ao nível da indigência intelectual.

O governo, este ou qualquer outro, tem de acabar com este disparate. Racionalizar e transformar a RTP em qualquer coisa que não requeira que o contribuinte enterre 500 milhões de euro por ano para a manter a funcionar.

Seja em regime de privatização, seja em regime de concessão chegou uma altura em que, com a escolha existente, a RTP quase deixou de fazer sentido. Até já os debates eleitorais acontecem nos canais privados. Pelo interesse que despertam não há canal que não os queira. Veja-se o exemplo dos US com a quantidade enorme de debates na televisão privada.

Mal foram anunciadas as opções que o Governo vai avaliar começou a gritaria. Primeiro começaram a gritar por causa do conteúdo. Veio alguém lembrar que António Borges tinha referido que essa era uma proposta do grupo que estava a estudar as possibilidades. Começou então a gritaria por causa da forma.
Como foi António Borges que falou, começaram imediatamente a dizer que devia ser Relvas. Que devia ser Passos Coelho, o papa, a rainha de Inglaterra, Mao Tse Tung.

Alguns foram ainda mais longe. Assentando em especulações acerca do modo de financiamento, o imbecil Louçã teve mesmo a lata de dizer que o Governo ia DAR a RTP em troca de nada. Num comício com cobertura mediática quanto baste.
Um grau de demagogia e falsidade difícil de bater. Se o sucessor de Louça tiver a mesma falta de vergonha em mentir descaradamente que ele tem, o Bloco fica bem servido.

Agora até o seminarista Seguro vem dizer que quando o PS chegar ao poder volta a ter um canal público. Se for 1º ministro.
Alguém lhe explique que ele não vai ser 1º ministro. António Costa já o tem na mira e ele, pobrezinho, não se vai conseguir defender. sairá sem honra nem glória. Tão perto e tão longe.

Esta oposição vai do delírio à tolice mais completa. Desde o "pacto de agressão" e a "defesa dos trabalhadores" na qual se insere decerto a manutenção da RTP até à mais completa irrelevância do PS.

Num país falido em que a RTP mais não tem sido que um instrumento de propaganda governamental, não é possível manter uma estrutura assim em troca de milhões gastos do dinheiro dos contribuintes.

Uma televisão pública não está sequer perto do topo na lista dos serviços que devem ser assegurados pelo Estado.
Estão sim a saúde, a educação a segurança, a justiça. Televisão não está.

Se estivéssemos economicamente bem já era duvidoso que se mantivesse uma canal público assim a estafar milhões com conteúdos como tem. Num país falido isso está mesmo fora de causa.

Pode perfeitamente haver mais canais em sinal aberto a sustentar-se apenas de publicidade. A RTP não compete com armas iguais com nenhum deles. Tem a almofada do estado e compete directamente em conteúdos. É preciso decidir de uma vez por todas o que é serviço público de televisão. Não é futebol, novelas e programas "ligeiros". A produção da RTP é miserável.
Mas uma coisa é certa - a RTP não é nem de perto nem de longe a materialização desses critérios seja lá o serviço público aquilo que ele for.

À volta deste tema ainda iremos ouvir os maiores disparates. Até ao anúncio oficial e baseados apenas em suposições ainda iremos ouvir bloquistas, comunistas e socialista criticar todos os cenários e todas as possibilidades. Sem saber os contornos do "negócio" iremos ouvir de novo que o Governo vai DAR os canais enquanto um especialista vem depois falar de receitas extraordinárias (receitas por canais DADOS?).

O disparate não vai ter fim.

O preço a pagar por uma informação miserável

O Sol conseguiu ontem ter online ao mesmo tempo duas notícias contraditórias. Hoje a única notícia acerca do assunto que permanece "no ar" é a do aumento da dívida aos bancos em 10 mil milhões de Euros.

Isso contraria o que ouvi ontem na TSF acerca do assunto, seguido do comentário de um economista a confirmar esse número.

Uma vez que esta informação sai do Boletim do Banco de Portugal achei por bem ir à procura desse boletim.

Aqui está o link directo para a parte respeitante à dívida do Governo - Boletim A15

De facto, e salvo melhor interpretação, a dívida à banca vem a cair desde Abril (em milhões de Euros)

Mas vejam o Boletim para perceber em modo gráfico a evolução da Dívida geral do Estado aos vários contrapartes.

Valores cumulativos de dívida a bancos e outros (nacionais) desde Junho 2011.
Fonte: Banco de Portugal

Espanta-me de sobremaneira que não haja um mínimo de rigor por parte dos media relativamente a este tipo de assuntos. Recebem uma notícia e alegremente a amplificam e repetem até à exaustão.
Com "supostos" especialistas em economia nas suas hostes deixam passar as coisas mais disparatadas ou introduzem tal confusão nos números e na notícia que os rodeia que é impossível ao comum cidadão perceber se é um sinal positivo ou um sinal negativo.

Numa era de informação fácil e acessível (se se souber procurar) o trabalho de um jornalista devia ser muito mais cuidadoso. Sob pena de qualquer comum mortal poder ser muito mais fiel à verdade e aos factos do que alguém faz da informação a sua profissão e que devia fazer do rigor e da qualidade o seu objectivo máximo.

Parece não ser o que se passa. Desde um jornalismo manipulador e sectário ao jornalismo pura e simplesmente incompetente, de tudo se passa. A única coisa que não se passa é informação de qualidade.

Não admira pois que as discussões saiam do domínio do factual e passem para o domínio do delírio.

Costuma dizer-se que um "número convenientemente torturado diz aquilo que quisermos". O problema é que o número é o que é. Por mais prismas que o queiramos olhar ele não muda. É exacto é implacável e imutável. É um número. E por definição um número é concreto.
Todo o floreado interpretativo que se lhe queira por em cima não o altera. O que isso pretende conseguir é alterar a percepção que temos de um mesmo facto. É na maior parte das vezes desonesto porque nos pretende enganar, demagógico porque pretende conduzir a nossa reacção distorcendo os factos, e inútil porque a realidade é a que é e não muda por causa da interpretação que se lhe dá.

Para aqueles que acreditam andar informados só lendo o jornal online de eleição ou ouvindo o amigo ou colega supostamente bem informado, isto é uma lição.

Nunca soubemos tão pouco com tanta "informação".
Mas isso deixa de ser um problema porque o mundo acaba a 21 de Dezembro.
Não é isso que os media dizem quando falam do fim do calendário Maia?
Não há mais calendário, logo deixa de haver mundo...

Uma informação credível

Já tinha visto muito disparate nos jornais. Notícias dadas e retiradas. Mas é a primeira vez que num jornal online (Sol) estão ao mesmo tempo duas notícias totalmente contraditórias sobre o mesmo tema.

Dívida do Estado aos bancos sobe 10 mil ME
22 Agosto 2012
A dívida das administrações públicas aos bancos portugueses subiu em mais de 10 mil milhões de euros no primeiro semestre, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal no Boletim Estatístico.Em Junho, a dívida aos bancos das administrações públicas (definição mais lata do Estado, que inclui administração central e outros sectores) fixou-se em 59.768 milhões de euros.
Um valor que representa uma queda de 2.281 milhões de euros face a Maio (menos 3,7 por cento), mas um aumento de 10.428 milhões de euros desde o início do ano (mais 21 por cento).
Lusa/SOL

Dívida do Estado aos bancos portugueses cai em 10 mil mihões
22 Agosto 2012
A dívida das administrações públicas aos bancos portugueses desceu em mais de 10 mil milhões de euros no primeiro semestre, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal no Boletim Estatístico.Em Junho, a dívida aos bancos das administrações públicas (definição mais lata do Estado, que inclui administração central e outros sectores) fixou-se em 59.768 milhões de euros.
Um valor que representa uma queda de 2.281 milhões de euros face a Maio (menos 3,7 por cento) e de 10.428 milhões de euros desde o início do ano (menos 21 por cento).
Apesar da redução da dívida do Estado à banca registar uma tendência descendente, em Junho esta ainda era mais do triplo do registado no final de 2008.
A dívida das administrações públicas fechou em Junho nos 230.941 milhões de euros, menos 7.334 milhões de euros do que em Maio. Já desde Janeiro, aumentou 17.144 milhões.
Mais de 25 por cento da dívida do Estado está na banca. A maior parte da dívida, mais de metade, está no exterior.
Lusa/SOL

Desde a Lusa ao próprio jornal exige-se um bocadinho mais de cuidado.
Na TSF a nptícia avançada era a 2ª versão. No Sol não dá para saber qual é a mais recente a não ser pelo ID (sequencial). Assim a notícia certa será a 1ª versão?

Alguém que esclareça este disparate.

O medo de parecer estúpido perdeu-se

Há alguns anos era raro ver alguém falar com toda a "certeza" de assuntos que não dominava. Não acontecia com toda a gente mas havia um certo pudor em expor a burrice.

Hoje com a Internet e com a "despersonalização" das comunicações, assiste-se a um sem fim de disparates escritos com uma "certeza" de fazer chorar as pedras.

Vem isto a propósito da solução que está a ser estudada pela PT com a restauração de instituir um sistema de pagamento usando o telemóvel.

Este processo usa NFC (Near Field Communications) e é algo parecido com o que acontece na Via Verde (RFID) mas com um grau de sofisticação maior.

O princípio é o mesmo. A recepção de um sinal no telemóvel desencadeia uma resposta. Só que neste caso a resposta incluid mais dados do que um mero identificador. Pode incluir valor, ou informação de descontos por exemplo. Pode também requerer a intervenção do utilizador para que seja introduzida uma password a autorizar a transacção.

A comunicação entre receptor e emissor é encriptada e segura.

E é aqui que a falta de conhecimento e a falta de contenção de muitos começa a ser patente.

Ao ler o artigo no Público dei com estes dois comentários

L..., Porto. 22.08.2012 13:32
Roubo de TelemóveisOra ai está uma excelente noticia para os larápios...Os telemóveis são dos artigos mais roubados e que originam grande parte dos chamados pequenos crimes.... Assim depois dum assalto bem sucedido é hora de ir almoçar..

R... F... . 22.08.2012 12:25
Via Facebook
ideia para aumentar os roubos dos telemoveis!!brilhante, se antes era preciso introduzir o pin para fazer a compra, agora uma pessoa eh roubada, e nem sequer pode telefonar de emergencia para cancelar a "wallet" que esta programada no telefone que foi roubado!, Ideia Brihante. Acho que a nova profissao em Portugal sera, Ladrao de Telemoveis!
 Bastava a estas almas procurar no Google informação sobre isto. Mesmo não sabendo como procurar bastava pensar 5 minutos nos seguintes termos.
1. Este sistema foi desenvolvido por gente que sabe o que faz
2. Eu não sei como funciona

Logo eles devem ser mais conhecedores e inteligentes do que eu, e devem ter pensado em coisas que não me passam pela cabeça. Manda a sensatez que devo ficar "calado".

Mas não. Infelizmente não. Um deles até nos faz o favor de por o link para o facebook para vermos o perfil, completamente público, do imbecil que escreveu o comentário. Onde, espantem-se, diz que é um Software Engineer!!!

A burrice encontra-se onde menos se espera. Deve ser da geração "mais qualificada" de sempre....

A coisa está preta para o "lobby" do alcatrão

Não é novidade nenhuma que o sector da construção está de pantanas.

Seja para habitação seja para obras públicas não só já pouco falta construir como não há dinheiro para isso. A loucura do sector esteve no centro da crise de 2008 nos EUA e por arrasto em Portugal e em proporções imensas em Espanha. O volume de dinheiro que o imobiliário envolve pode colocar um país numa situação de colapso económico. E assim aconteceu.

Construiu-se habitação em todos os cantos, vendida a valores absurdos com o conluio dos bancos que financiavam desde a compra do terreno até à venda das parcelas.

Como os objectivos eram medidos em volume de empréstimo, muita gente na banca recebeu simpáticos bónus apenas porque os bancos eram absolutamente laxistas nas avaliações. Avaliavam qualquer porcaria por centenas de milhar e os promotores sabendo disso subiam os preços de forma vergonhosa.

Hoje esses mesmos bancos têm o crédito atravessado nas goelas, um stock de casas a que não sabem o que fazer e "activos" transformados em passivos da noite para o dia.

Nas obras públicas, onde se ganhavam rios de dinheiro a coisa não foi muito diferente. Faziam-se estradas novas por todo o lado. Estradas essas que hoje por causa da introdução das portagens estão às moscas. Mas como a maior parte dos contratos de PPP's compensam os concessionários pela "presença" da estrada independentemente do seu tráfego, faz com que as compensações aos concessionários de mantenham inalteradas. Pior, foram seriamente agravadas para o lado do Estado com um tal de Paulo Campos.

As empresas do sector do alcatrão, responsáveis por cadeias intermináveis de subempreiteiros e trabalhadores a viver e trabalhar com a maior das precariedades, começaram a ter de reduzir "gorduras". Depois das gorduras foi a febra e estão num ponto em que a sua viabilidade está em causa.

E o que fazem? Ao contrário de qualquer pequeno empresário que assume o risco e as perdas, este sector ameaçando com o aumento do desemprego pede ao ministro que seja sensível. Não é que tome uma decisão, mas sim que tome uma decisão em favor deles. A chantagem mais básica que sempre resultou com ministros mais sensíveis às queixas ou a outro tipo de convencimentos.
O conceito de negociação destas empresas é ficar a ganhar com o seu resultado. Assumir riscos qualquer que eles sejam não é coisa que queiram fazer.
Não é de admirar que não o queiram. Nunca precisaram. Os ministros "sensíveis" sempre foram tão simpáticos com eles que entre obras novas e rendas a coisa sempre correu bem.

Só que esse dinheiro vem todo do mesmo sítio. Dos contribuintes. E é um bocado complicado num momento de crise explicar ao contribuinte que mais vale fazer uma estrada para lado nenhum do que manter o sistema de saúde ou de educação a funcionar sem mais uns cortes.
Até porque não estamos a falar de uma estrada ou de estradas vitais. Estamos a falar de auto estradas ao lado de estradas razoavelmente decentes.
Conheço bem as estradas no Marão e a estrada entre Sines e Beja. Nenhuma das duas se pode dizer que seja um horror. O Marão tem curvas, é certo, tem gelo no Inverno e pode ser perigosa se, tal como os locais, se lhe perder o respeito. Mas uma autoestrada não deixa de ter gelo. Num sítio como aqueles será absurdamente cara pela quantidade de viadutos, túneis e outros requisitos.
No entanto gerações e gerações de Transmontanos atravessaram o Marão e a não ser pelo fastidioso da tarefa pouco mais aconteceu. Certo que há acidentes mortais que podem ser reduzidos com uma autoestrada. Deixa de haver choques frontais. Se bem me lembro reduziram isso enormemente na marginal entre Lisboa e Cascais e não fizeram uma autoestrada . Bastou morrer um militar de alta patente num choque desses para fazerem um separador central.
Não é um túnel no Marão que vai fazer "crescer" Trás os Montes. Esse foi o argumento estafado das SCUTS que ao serem portajadas deixaram de ter trânsito. Também não foi pela sua existência que as populações se fixaram no interior nem foi por isso que a actividade económica teve algum crescimento significativo.

No caso da estrada para o "aeroporto" de Beja é outro assunto. É mesmo de duvidosa utilidade. O aeroporto de Beja é uma imbecilidade. Não faz sentido que se pense em via aérea para carga que chegou de barco a Sines!! Se chegou de barco é porque as suas características de perecíbilidade ou valor não justificam a carga aérea.
No caso dos passageiros é absolutamente ridículo pensar que um aeroporto numa cidade que tem uma ligação ferroviária miserável possa ser uma alternativa. Um aeroporto a 180 Km da capital e a uma centena e pouco de Faro. Como aeroporto de carga não faz qualquer sentido. Não há indústrias locais que precisem dele.
O aeroporto de Beja é a todos os títulos uma perfeita cretinice. E como tal nem tem staff permanente nem está aberto sempre. Aliás, não tem voos. Mas tem staff directivo permanente há uns bons anos e não ganham nada mal.
Arranjassem antes o pavimento da estrada existente que já não vê obras há mais de dez anos e ficavam com uma estrada decente para ligeiros ou pesados.
Ou melhor ainda, invistam na linha férrea que é muito mais inteligente.

Estas empresas ma "mama" pública vão ter de perceber de uma vez por todas que tal como as coisas aconteciam acabou. Os espanhóis já estão a perceber e estão borrados de medo. Tal como lá, a construção civil como a indústria de 1ª importância no país acabou. Não precisamos de mais casas novas, os bancos também não emprestam para as comprar e as pessoas não as podem sequer pagar.
Não temos dinheiro para estradas supérfluas. A não ser que se redimensionem estas empresas irão ao fundo. Tiveram 20 anos a encher o bolso e a distribuir fortes lucros aos seus accionistas. Esses mesmos accionistas têm agora de perceber se vale a pena apostar no futuro ou se não vale a pena e dissolver as ditas antes que os prejuízos se comecem a acumular.

É isso o mercado livre. É isso que o dono da pequena loja da esquina enfrenta todos os dias da sua vida. Esse não faz chantagem barata com o Governo para receber uma tranche do dinheiro dos impostos dos cidadãos.

Como poupar uns milhões

O Pingo Doce decidiu não aceitar pagamentos com cartão de débito ou crédito abaixo de 20 Euros.

A redução de custos que isto significa para a empresa é da ordem dos 5 milhões por ano. É o que custam as comissões e taxas cobradas só neste movimentos abaixo de 20 Euros.

Já apareceram as carpideiras do costume a dizer que isto vai obrigar as pessoas a andar com dinheiro e isso vai aumentar a sua insegurança. Como se trazer 20 Euros no bolso, coisa mais do que normal, pudesse significar que se fosse assaltado à doida.

O mais ridículo disto é que em 3 Pingo Doce de pequena dimensão já vi caixas Multibanco em 2.

A outra coisa que isto trouxe à tona de água foi um chorrilho de comentários pela Net a realçar o facto de o Pingo Doce não pagar IRC em Portugal por causa de ter passado a sua sede para a Holanda.

Não adianta realmente explicar a esta gente nos meios de comunicação que isso não é verdade. Não adianta explicar-lhes que o que mudou foi a holding da família e que o Pingo Doce continuará, como empresa registada em Portugal, a cumprir as suas obrigações fiscais no país.

O que me aborrece nisto é que se recorra à mentira pura e simples para diabolizar o Pingo Doce pelo papel altamente crítico que o seu presidente teve no fim do reinado Sócrates.

Muito fazem-no por pura ignorância e pela mais básica burrice. Ouviram o sound byte e nunca vão ouvir a explicação e o contraditório. Outros mesmo postos perante a verdade contestam-na como se soubessem do que estão a falar. Outros sabem a verdade e usam a mentira para servir os seus propósitos ideológicos sectários.

O que me espanta, e já nem me espanta assim tanto, é que vivo num país de asnos mentirosos, ignorantes e completamente cegos.

O Pingo Doce é onde faço as compras alimentares. Porque fica perto de casa, porque tem bons preços e porque a qualidade está acima de qualquer suspeita. Se fosse o Continente era a mesma coisa. Não simpatizo especialmente com um ou com outro e estão os dois na mesma situação.
A Sonae mudou a sua sede para a Holanda na altura da OPA sobre a PT. Poupou com isso milhões em imposto de selo. Não vi nenhum destes imbecis mal informados a gritar contra Belmiro.
Ouvi sim gente a comparar esta mudança da holding familiar com aquilo que todas as maiores empresas portuguesas tinham feito com excepção da EDP. Mas devo ter sido dos poucos a ouvir.

Também já ouvi dizer que isto de vender a EDP aos chineses foi péssimo porque agora deixam de pagar impostos em Portugal (??).

Não há forma de educar um povo estúpido, incapaz de pensar, e convencido que a "verdade" que lhe é servida pelos amigos políticos e pelos media é de facto verdade.
Só um povo de idiotas sem pinta podia ter eleito Sócrates duas vezes. Alguns até votaram nele 3 vezes. Um selecto grupo de débeis mentais continua a achar que ele foi o melhor 1º ministro que o país teve.

Mas trazerem agora questões políticas para um gesto de uma empresa que prefere não dar 5 milhões por ano à SIBS é no mínimo uma total imbecilidade.
Se eu fosse empresário e fosse estrangulado com as taxas por utilização do pagamento automático pura e simplesmente acabava com ele.

Talvez agora a SIBS ache que é melhor ganhar 1 milhão do que perder 5 e proponha qualquer coisa ao Pingo Doce. Se não o fizer é a SIBS quem perde. Pode até acontecer que outros sigam as pisadas do Pingo Doce.
Quanto a mim nada muda. Já andava com pelo menos 20 Euros no bolso e isso resolve-me o problema.

O mundo de faz de conta

Louçã não deixa de espantar. Não só tem a presunção de condicionar a escolha do partido de faz de conta do qual é coordenador como tem a distinta lata de propor agora uma linha de actuação política que sempre evitou.

Não é nada difícil propor medidas absurdas e impossíveis quando se sabe que elas nunca vão ser implementadas. Fica-se com os louros de propor mediadas "boazinhas" sem nunca se ser confrontado com a sua impossibilidade.
Foi o que o Bloco fez sempre. Foi o Bloco que sempre se preocupou com as questões "fracurantes" deixando completamente de lado a luta contra as verdadeiras causas do nosso descalabro.

Com a desgraça da dívida à vista de todos, com o flagelo das rendas de PPP's à frente da nossa cara, o Bloco entretinha-se em pedir ainda mais gastos do Estado.

Só quando as coisas ficaram demasiado evidentes para se poderem ocultar é que o Bloco saltou para a praça pública falando da situação. Mas paradoxalmente fê-lo ficando contra aquilo que era inevitável - pedir ajuda financeira.

O plano que nos permite manter os serviços do Estado a "flutuar" pagando pensões e salários foi qualificado pelo Bloco como uma situação inaceitável e como um empréstimo com juros de usura.

Por um lado são contra a ajuda mas por outro dizem que 78 mil milhões não chega. Por um lado querem que um Estado sem dinheiro aumente salário mínimo e prestações sociais, mas por outro querem que os impostos não aumentem (baixem) e que não se contraiam empréstimos a juros de "usura".

Querem tudo o que os torne populares junto do eleitorado mesmo que isso seja obviamente impossível.

O PCP alinha pelo mesmo diapasão. Não conseguem perceber que a realidade não é assim. Nem sei se têm noção da realidade e a escondem ou se nem sequer se apercebem dela.

Mas Louçâ deu desta vez um passo ainda maior..
Propõe que o PS que fez o pedido de ajuda e negociou o acordo com a troika, o "rasgue" e se una ao BE e ao PCP num grande governo (??) de unidade de esquerda (??).

O patético destas afirmações é enorme a uma série de níveis.

1. Para fazer um governo é preciso ganhar eleições. E pelo que me consta o Bloco, o PCP e o PS juntos não têm maioria nem nenhum dos 3 é a força política mais votada.

2. Nem o Bloco suporta o PCP nem o PCP suporta o Bloco. Talvez conviesse lembrar que o PCP se acha a "força de esquerda" e considera o Bloco um grupo de patetas elitistas e sem qualquer conhecimento da realidade dos trabalhadores. Junte-se-lhe o rancor pelo facto do Bloco ter tentado reduzir o PCP à irrelevância e percebe-se perfeitamente que BE e PCP dificilmente se podem juntar.

3. O Bloco e o PCP disseram as piores coisas do PS enquanto Governo mas ao mesmo tempo nunca se manifestaram em relação à forma criminosa como Sócrates e a sua pandilha se comportou a desbaratar o dinheiro do Estado. Se o PS o fazia por interesse próprio (dos seus membros) o PCP e o BE acreditam num mundo em que o Estado paternalista sustenta tudo e todos. De cada vez que Sócrates propunha uma benesse demagógica e eleitoralista lá estavam o Bloco e o PCP a dizer que ainda era pouco. Falam agora de pacto de agressão. Sem quererem ouvir até que ponto contribuíram para a falência do Estado.

Louçã e as suas propostas vazias ficarão para trás. Fá-lo agora para comprometer quem o suceder no Bloco.
"Depois de mim o dilúvio".

O Bloco irá reduzir-se à expressão que uma UDP teve durante anos na AR. Um deputado solitário, meio louco, debitando disparates de cada vez que tiver de falar.

E ainda bem. Imaginem um Governo com gente destes 3 partidos. Quem do Bloco poderia ter um lugar dessa responsabilidade? Quem do PCP poderia ter os destinos de um sector do país nas mãos? O camarada Bernardino? Jerónimo?

Seria digno de um filme de terror. Mas ainda assim seria preciso que funcionassem juntos e que um desses 3 partidos (e sabemos qual) ganhasse de novo as eleições.
A julgar pelo andar da carruagem o PS com Seguro nunca o conseguirá. Com o carisma de um caracol, Seguro é um incapaz profissionalmente e politicamente.
Se em cima disso o PSD conseguir colocar o país no caminho da recuperação, o PS poderá dizer adeus ás suas hipóteses durante muitos anos. Pelo menos até varrer das suas hostes todo o lixo acumulado por anos de corrupção, compadrio e incompetência.
O PCP e o BE só singram em clima de descontentamento. Mesmo assim e com o caos a bater à porta nas eleições de 2011, levaram uma sova notável.

Não lhes auguro nada de bom.

Louçã, el bimbo

O Bloco vai perder o seu porta voz.

O bloco com a sua patética filosofia igualitária nem se atreve a chamar os nomes às coisas. O que seria um Secretário Geral ou um Presidente do partido é, para eles, o porta voz ou um coordenador.

E o porta voz vai-se embora. Louçã não precisa do Bloco para nada. Tem o seu emprego de professor universitário, os seus hábitos burgueses o seu PPR e os seus confortos. Já lutou que chegue pelos "trabalhadores". A luta já é suficiente. Irá agora descansar por uns tempos, esperar que o radicalismo bacoco que o afasta de mais altos voos se esbata, para regressar dentro de algum tempo, reabilitado, cheio de prestígio e de saber, num cargo qualquer de nomeação política.

Não sei se planeia sair do Parlamento, mas nada se perderia se assim fosse. A sua conversa vazia, o seu jeito insuportavelmente trocista não faz grande falta numa assembleia cheia de deputados que também não fazem falta nenhuma.

Mas em jeito das grandes ditaduras comunistas, Louçã propõe a sucessão. E dá nomes para ela. Junto com a ideia perfeitamente inovadora de uma liderança bicéfala.

Deve ser mais um dos tais casos em que Louçã se acha muito inovador. Como se o facto de se ter um homem e uma mulher como líderes do partido significasse que o partido pudesse chegar mais perto da população.

Patético, presunçoso e muito mas mesmo muito semelhante ao que se passa com a sucessão dinástica de grandes "democracias" comunistas.

Claro que outros bem colocados numa possível sucessão já começam a inquietar-se e a dizer que existem outras soluções para a liderança. Claro que há. É no mínimo estranho que um lider que sai aponte nomes para os que devem entrar e ao mesmo tempo se arrogue de um enorme sentido democrático.
Coisa que de facto o BE não é nem nunca será.
Estes deslizes radicais já eram raros por parte desta extrema esquerda reciclada com pele de cordeiro, mas pelos vistos os velhos hábitos nunca se perdem. Louçã não conseguiu resistir à tentação de apontar aqueles que levarão a chama do socialismo após a sua saída.

O Bloco desaparecerá. O Bloco chegou onde chegou porque a dada altura se começou a dar ouvidos ao integro "papa" da extrema esquerda e se começou a dar-lhe atenção. Muito mais atenção do que o seu peso eleitoral poderia merecer.


Quem não se lembra da forma como os media levaram ao colo o BE por oposição ao PCP? Quem não se lembra da tentativa de elevação do BE ao 3º lugar no ranking de forças políticas portuguesas, relegando para lugares menores o CDS e o PCP?

O discurso de Louçã enche o ouvido. É demagógico, utópico e irrealista. Promete o impossível e discute as questões alheando-se sempre da realidade. É o partido das soluções perfeitas para problemas inexistentes e das soluções ridículas para os problemas que existem.
É o partido que tudo quer financiar com impostos especiais sobre a bolsa, os bancos e os ricos. A santíssima trindade do dinheiro fácil.

Mas Louçã é um verme. Sempre o foi e sempre o será. Tem cara de verme, tem discurso de verme e tem comportamento de verme. O seu controlo total num partido que não era porra nenhuma (PSR) passou para um Bloco que não é porra nenhuma.
O Bloco, quer queiramos quer não vive pela forma como os media levam Louçã ao colo. Dá espectáculo, é espirituoso e meio insultuoso na AR e os media gostam disso. Não produz nada nem conseguirá nunca produzir nada, mas os media têm um pendor especial para gostar de inúteis que só sabem falar.

Concedo que a sua inteligência e o seu conhecimento de economia possam ser importantes. Mas é um académico. Que nunca trabalhou fora do meio académico com tudo de mau e pernicioso que o meio académico tem. Vive de modelos e teorias desfasado da realidade. Ou se não está desfasado da realidade assim o parece.

Mesmo descontando a imbecilidade de achar que o regime comunista da Albânia era a melhor coisa do mundo, tudo o que Louçã diz e faz é do mesmo nível.

Saindo Louçã ficarão apenas más imitações. Desde o imbecilíssimo Fazenda ao patético Semedo passando por uma série de figuras menores para quem as prioridades sociais se medem por quantos homossexuais se podem casar e por quantos abortos à borla se podem fazer. Um partido que prefere lutar pela legalização da erva e pelo dinheiro do estado para todos (obviamente conseguido  taxando a bolsa, os bancos e os ricos).

O Bloco é uma agremiação de gente que certamente não vive na miséria, a quem os pais puderam pagar um curso superior, que enveredou pelo mundo académico e que se considera uma elite intelectual capaz de ditar o que está certo às classes trabalhadoras incultas e incapazes de o fazerem por si.
Passou a ser chique ser radical, juntar-se em "jornadas" de luta pelos gays, lésbicas e assim assim, pela destruição do milho transgénico e pelo direito de abortar até partir.

Como modelo economico defendem a nacionalização de tudo. O controlo estatal de tudo. Desde os preços até à nossa vida privada.

O Bloco é um ajuntamento patético de revolucionários com prazo de validade expirado. A sua abrupta redução a metade nas últimas eleições só pode piorar. E assim será com a falta do seu líder espiritual.

O Bloco cedo se irá parecer com a discussão entre tribos em Lawrence da Arábia. Todos discutem, todos se detestam e o resultado é uma calamidade.

O discurso engraçadinho e "redondo" do bloco, desenhado para apanhar moscas com mel, deixará de servir para gerar entusiasmo revolucionário numa geração indignada, de formação mais que duvidosa e certamente bastante desocupada.
O único capaz de ter este discurso a roçar o insultuoso era Louçã. Rosas é simplesmente parvo, Fazenda um ignorante chapado, Portas foi-se, Semedo só sabe mesmo de saúde e o resto é um grupito de jovens não tão jovens que andam à pancada porque uns gostam de Trotsky e outros nem tanto.

Esta esquerda é de uma acefalia clamorosa. E eram eles que pretendiam dizer-nos qual o modelo de sociedade ideal?
Antes emigrar...

José Sócrates 1957-??

Secretário Geral do PS de 2004 a 2011.
Deus!! Estás à espera de quê?

José Seguro 1962-??

Secretário Geral do PS de 2011 a ??
António Costa encarregar-se-à de eliminar dois pontos de interrogação. Deus dos outros dois.

Eurico de Melo 1925-2012

Sério, contido. Um homem de estado.

Gore Vidal 1925-2012

"A writer must always tell the truth, unless he is a journalist."

Helena Roseta e o ser bonzinho

Helena Roseta. Nunca apreciei a personagem.
Por princípio não aprecio vira casacas. E Roseta é uma vira casacas sem qualquer sombra de dúvida.

Foi do PPD, depois do PS mesmo proclamando-se de independente como faz a filha de Adriano Moreira, e agora não é nada. É a detentora de um cargo conseguido por um movimento de cidadania.

Helena Roseta considera que quem aufere do Rendimento de Inserção social e possa prestar serviços em favor da comunidade, está a trabalhar de graça.
Ela considera uma violência fazer estas pessoas trabalhar de graça (!!!!)

Obviamente que não estamos a falar de pessoas que não tenham condições de fazer qualquer tarefa por incapacidade ou doença.
Estamos a falar de pessoas que recebem um valor do Estado, que estão em condições de se re-inserir na sociedade e que se pede retribuam com algumas horas por semana em troca daquilo que o país lhes dá.

Muitas destas pessoas nunca descontou um cêntimo para os cofres do estado ao contrário de muitos reformados deste país que vivem com 200 euros por mês (e menos) que fizeram descontos durante anos e que, esses sim, não têm condições para trabalhar. Mesmo assim muitos fazem voluntariado. Porque não gostam de estar parados ou simplesmente porque sentem um apelo de contribuir com qualquer coisa.

Há gente neste país que usufrui do RIS que tem bom corpo para trabalhar, que vive da economia paralela nunca declarando um cêntimo dos seus "biscates" e para os quais, nós os contribuintes, damos um bocadinho para poderem não viver com 0.

Há tantas e tantas situações neste país em que não há meios de contratar mão de obra necessária ou em que se vive do voluntariado, enquanto "ali ao lado" há gente desocupada e subsidiada para nada fazer.

Roseta acha uma violência uma ideia destas. Continua com uma concepção do Estado Social que nunca devia ter existido. Um estado que subsidia o ócio e nada faz para resolver a situação. Prefere endividar-se para continuar a fazê-lo.
Não percebo como é que um rendimento para inserir socialmente gente capaz acaba por servir para perpetuar a sua marginalização. E se uma destas pessoas até souber trabalhar? E se conseguir entrar no mercado de trabalho e ter uma vida digna? Não é preferível que o faça?

A aplicação deste regime aos que usufruem deste rendimento tem de ser feita com alguma atenção, mas não se pode falar de trabalhar de graça. Há gente a penar mais de 8 horas por dia que não leva para casa o que alguns dos beneficiários deste rendimento levam.

Acho imoral que uma enorme percentagem deste rendimento seja consumido por gente de "minorias" que vive à margem da lei, que ameaça funcionários da SS e professores para não perder esse rendimento e não haja ninguém com TOMATES para acabar com isso.
Acho imoral que se pague RSI a gente que consome os seus dias a mamar minis na tasca do bairro social porque o o trabalho não lhes "assiste".

Isso sim é imoral. Não é o conceito enviezado de imoralidade que parece fazer mexer Helena Roseta.

De cada vez que a ouço não consigo deixar de sentir alguma náusea. Uma desgraça em praticamente tudo em que se meteu, desde a política a bastonária a OA. Quanto a vereadora da CML ela parece ser a única pessoa a gabar o seu trabalho.
De cada vez que alguém diz alguma coisa gosta sempre de dizer "eu também passo por isso".
Pois não passa. Toda a sua idade adulta viveu da mama estatal. Tem o título e Arquitecta e não tem palmarés. Tomou decisões e implementou medidas que prejudicaram uma classe profissional inteira. Está no topo da cadeia alimentar da maior autarquia do país. Ela nunca passou por isso.
Teve uma atitude no mínimo nojenta com a acusação retroactiva a Relvas e Passos Coelho.
Com tanta coisa de cidadania deixa passar uma coisa dessas como bastonária da Ordem? Não expõe Relvas? Se calhar contribuiu para a perpetuação do clima de esquemas de favores de que tanto se queixa. Ou percebeu que nenhum partido gosta de bufos e precisava de um para ser eleita para uma coisa qualquer?

Se na altura em que as coisas aconteceram não disse nada, como devia ter feito, fazê-lo da forma como o fez é no mínimo uma nojice. O que esperar? Que daqui a 10 anos venha a revelar esquemas manhosos na câmara quando virar a casaca outra vez ou se zangar com alguém lá dentro? Com o ex-Zé do Bloco, e Zé do PS nos dias que correm? Outro nobre cidadão que vira a casaca com a velocidade com que um camaleão muda de cor.

Roseta, tal como Manuel Alegre e todas as semelhanças dos seus movimentos de cidadania, devia por esta altura sair pela esquerda baixa, viver da reforma de deputada (da altura em que eram precisos 8 anos) e calar-se duma vez por todas.
Já não há paciência para a sua consciência social de pechisbeque. Para o seu constante auto elogio. Para a sua omnisciência em 1ª mão. Puahhhh !!!