Jardim, Seguro, Marinho e outros que tais

Nada de novo na frente Ocidental.
A não ser a ocasional notícia de um líder partidário desesperado por se fazer notar, ou de um líder regional desesperado por se fazer esquecer. Ou de um bastonário desesperado por desabafar.

Jardim parece agora num estado de total desnorte. Começou por ameaçar com a independência, depois mudou de ideias, talvez por saber que se a Madeira se tornasse independente tornar-se-ia inviável no mesmo instante, e agora já faz apelos envergonhados ao voto na sua pessoa junto de um povo que está a ver que o entusiasmo pelo seu líder megalómano vai ter de ser pago por ele.

Jardim, tal como o nosso "amigo" Sócrates e toda a pandilha que os rodeia, achou que seria possível perpetuar este estado de coisas. Duma forma realmente reveladora da sua curteza de vistas, pensaram que nada do que estamos hoje a viver se iria "notar".
Qualquer pessoa com uma noção básica das coisas percebia que esta constante fuga para a frente acabaria na banca rota. Isto era previsível desde os anos 90. Não viu quem não quis.

Jardim enveredou pela obra públicas. Auto estrada para cá e para lá, túnel, parque industrial aqui e ali, etc etc. Para uma população de 260 mil habitantes. Há qualquer coisa de louco nestes fulanos. E essa loucura é paga com aquilo que nos retiram do que ganhamos a trabalhar.

Seguro parece ser cada vez mais irrelevante. Argumenta como um tolo e inventa questiúnculas a partir do nada. Acha que Passos devia "zangar-se" com Jardim. Logo ele que nunca se zangou com o seu próprio líder que foi tão mau ou pior que Jardim. Pode argumentar-se que Jardim silencia os adversários.
Hum? E Sócrates? Listas de chamadas de jornalistas, PSP a ir à sede do sindicato dos professores, assessores de imprensa a telefonar aos jornais para calar o escândalo do seu diploma, entrevistas da RTP com a lagriminha no canto do olho a dizer que é Engenheiro com papelada completamente falsa etc etc.

Em que é que Jardim e Sócrates são diferentes? Em que é que Seguro se manifestou quando precisava da benevolência do maléfico líder? Em pouca coisa. Disciplina de voto e pouco mais. Rompe com o socratismo agora que ele não existe. Parabéns pela atitude de homemzinho. Agora qualquer um o faria.

Desprezo os dois pelo que fizeram a este país. Um erro não desculpa o outro e acho que os dois (Jardim e Sócrates) deveriam sentar-se no banco dos réus e ser julgados pela forma dolosa como desbarataram os dinheiros públicos.

Seguro está comprometido até ao pescoço com aquilo que o PS assinou ainda como Governo. Assim, resta-lhe andar a remexer na porcaria à volta destas questões patetas. Se a política já era irrelevante, Seguro ainda a faz descer a um novo patamar.
Não tardará muito terá a faca espetada nas costas. E atrás dele estará um sorridente António Costa finalmente deliciado com a possibilidade de vir a ser 1º Ministro. Seguro é um tolo. Um tolo incapaz.

Por estes dias também Marinho Pinto volta à carga. E eu tenho uma certa tendência a gostar daqueles que Marinho Pinto detesta. E ele detesta quem lhe faz frente.
Agora é a Ministra da Justiça.
E à falta de argumentação inteligente (pergunto-me quem é que quer ser cliente de um advogado assim) entra na má lingua. Segundo ele o Ministério é uma "coisa" de família e amigos da Ministra.
É curioso como Marinho Pinto não dizia isso antes. Não sei a situação presente, e ele até pode ter razão, mas no passado muito recente havia múltiplos casos de nepotismo que ele nunca referiu.
Não é que se possa justificar um erro presente com um erro passado, mas o que Marinho nunca faz é apontar casos concretos. A generalização é a sua estratégia favorita. 
Como um bom demagogo que é prefere lançar "bocas" sobre comportamentos dos magistrados ou fazer-se passar por defensor dos "probrezinhos". Ao mesmo tempo tenta a todo o custo evitar que apareça mais concorrência na classe indo ao ponto de limitar o acesso ao estágio.

Na verdade não há nada de novo na frente Ocidental.