O pacto para a Internacionalização das PME

às vezes pergunto-me se estes governantes vivem no mesmo planeta que o resto dos cidadãos.
A solução do PS para as PME's parece ser a internacionalização das mesmas.

Esta solução brilhante não tinha passado pela cabeça a ninguém, nem mesmo aos empresários que pensavam que estavam condenados ao mercado nacional pela sua dimensão.

Mas na verdade a solução está em entrar no florescente mercado internacional numa altura em que esse mercado está claramente em expansão.

Não tarda nada teremos pão alentejano à venda em Kiev, ou uma qualquer empresa de metalo mecânica a fazer portões para jardins numa qualquer casa de Barcelona. Ou quem sabe uma imobiliária a vender casas para o Canadá.

As vantagens desta medida são bem evidentes. As empresas que estavam a lutar com uma queda da procura interna podem assim fazer investimentos de futuro e partir para uma vocação mundial.
Os responsáveis por essas PME não podiam estar mais satisfeitos com a medida que é sem dúvida a solução para o marasmo em que a economia se encontra nestes últimos anos, desde bem antes da crise internacional que agora parece limpar tudo o que estava para trás.
A miserável taxa de crescimento económico, a subida constante do desemprego e o estrangulamento das PME ao longo doa últimos 6-7 anos de repente não passa de uma memória. Tudo se resume à crise de 2008 e assim este governo incompetente tem uma desculpa perfeita para toda a porcaria que fez ao longo do mandato.

As PME sempre esquecidas em prol das grandes empresas dos "amigos" ou onde se colocam os "amigos" parecem ser agora lembradas com medidas de alto gabarito intelectual. Medidas essas pensadas seguramente pelo ministro taurino e alguns dos seus bem pagos assessores. O problema é que o que sai daquelas cabeças é talvez comparável às águas residuais que chegam a qualquer ETAR deste país.

Enquanto os empresários se queixam da situação, o governo tem uma imagem bem diferente e acha que a retoma está aí e em força.