O Ricardo Costa em combustão interna

Parece que o Expresso consegue ganhar processos "até" com advogados oficiosos. Vou ficar à espera duma nota de uma qualquer associação de advogados a "indignar-se" com o facto de as palavras de Ricardo Costa significarem de forma insultuosa que os advogados oficiosos são maus.
Se não estou em erro ele nem o curso de Ciências da Comunicação completou. Só o frequentou. Provavelmente com o mesmo brio e dedicação com que Relvas ou Seguro frequentaram aos seus cursos.

Costa tem razão num aspecto. Deve investigar-se a burla reiterada que são as licenciaturas dadas a gente da estirpe de Relvas, Sócrates, Seguro, ou Vara nas Universidades privadas. Mas não por ser Relvas e sim por ser uma "falsificação" feita por essas instituições.

O problema de Costa em relação a Relvas vem claramente da fúria com o caso do dossier. Que é bem provável que nada tivesse que ver com Relvas. Num serviço de informações em roda livre, perpassado por interesses empresariais e políticos de todas as cores é quase certo que não há um jornalista mediático e com alguma influência neste país sobre o qual não haja um dossier com uns podres.

Mas uma coisa salta imediatamente à vista. O vigor com que Costa "ataca" esta "suculenta costeleta" e a forma como o fez em relação às mais que duvidosas habilitações de Sócrates ou Vara.

 Fonte: HenriCartoon

Eu bem sei que se ele fizesse isso iria imediatamente receber uns telefonemas do meio irmão. Pode no entanto fazê-lo com o percurso académico de TóZé Seguro que tudo indica ter um diploma de qualidade semelhante a Relvas. Aí não se arrisca a receber telefonemas do irmão. Ou melhor, arrisca-se mas apenas para agradecer o favor. António Costa gosta tanto de Seguro como um cão gosta de pulgas. Mas gostava mesmo de saber quantas aulas frequentou Seguro e quantas deu como assistente (porque não tem curriculo para mais) e porque razão é assistente em tanto sítio.

Todas estas criaturas são college dropouts. Estudaram por aqui e por ali enquanto se entretinham em criar o caminho na política que os levasse ao "trono". Mais tarde precisaram da respeitabilidade que uma licenciatura dá. E por um passe de mágica todos eles se licenciaram pelos anos 2000 em universidades privadas e em Relações Internacionais.
Devo acrescentar que este é o curso favorito das candidatas a Miss. Isso diz alguma coisa da relevância da formação.

Todos eles frequentaram qualquer coisa. Relvas frequentou Direito e História, Sócrates frequentou um curso de saúde pública que não existe e no qual obteve um qualquer diploma, Seguro frequentou um mestrado.
Ainda bem. Não estou a ver Seguro a frequentar um bordel. Não é o estilo dele. Relvas sim. Sócrates foi o dono de um bordel e ainda por cima mal frequentado. Vara também frequentava esse bordel, mas era ele mesmo que se vendia.

Quantos mais haverá sem qualquer experiência profissional de relevo de qualidade e com um diploma de merda? Quantos dos verdadeiramente bons alunos em Universidades respeitáveis teve tempo para as Associações de Estudantes e juventudes partidárias?
A única conclusão plausível é que só os arrivistas cábulas e calões é que andam pela nossa política.

E isso daria pano para mangas ao senhor Costa. Que por acaso até se arma em arrogante e diminui os advogados oficiosos num mesmo gesto. Que dados os requisitos para litigar precisam mesmo de uma licenciatura. Coisa que ele não tem...

O sr. Costa fazia bem em ficar calado. Ele é um dos obreiros da cloaca em que o Expresso se tornou. É um dos tais jornalistas que tem demasiadas ligações com a política para ser considerado insuspeito. O mais grave é que a prática jornalística não só o revela só como suspeito. Revela-o como culpado do mais grave crime que um jornalista pode cometer - Deixar os seus ódios pessoais e as suas relações e simpatias políticas determinarem a forma como aborda temas desta natureza.

O Sr. Costa é oficialmente um asco como profissional.

PS. Acredito firmemente que Relvas tem uma licenciatura falsa. Mas isso não quer dizer que aprove gente como Costa que só vê as licenciaturas falsas que lhe convém ver.