Otelo incontinente

Otelo, Vasco Lourenço e outros estão claramente num ponto em que as suas palavras já não conseguem esconder aquilo que sempre foram.

Uns pulhas totalitários que mais não pretendiam do que substituir uma ditadura de direita por uma de Esquerda.

Com o passar do tempo fomos esquecendo os que foi o verão de 75 e a palhaçada pseudo revolucionária que era orquestrada por gente como eles.
O tempo passou, receberam as suas promoções (Otelo e Vasco Lourenço chegaram a General tendo depois voltado a graduações um pouco mais modestas) e andavam de barriguinha cheia, fazendo uns discursos no 25 de Abril e dizendo umas coisas de circunstância.

Nunca terão pensado que o facto de terem estado num golpe militar lhes garantiria 40 anos de vida descansada.

O problema é que estes senhores juntamente com Jerónimo, outro dinossauro da ortodoxia comunista, defendem agora o derrube de um governo democraticamente eleito pela maioria dos cidadãos seja por uma intervenção militar, seja por sublevação nas ruas.

O que eles parecem esquecer-se é que se isso acontecesse e o país ficasse nas mãos de gente com as suas elevadíssimas qualificações, voltaríamos a passar fome. Em vez de perder 2 subsídios, os funcionários públicos perderiam o salário na totalidade. A falência da banca seria inevitável e o país entraria imediatamente num colapso generalizado.
Ou seja, o que estes fulanos defendem é por o país num Estado em que nunca esteve.

Enquanto o país se endividava alegremente nenhum falou. E se falou foi para exigir ainda mais. à custa de endividamento provavelmente.

Não se exige mais a militares. Existem aqueles que são de facto cultos e ponderados e depois existem estes que acham que por ter acesso a armas conseguem fazer tudo o que lhes dá na gana. Autênticos calhaus com olhos que só conseguem perceber que as coisas se façam por ORDENS emanadas das suas mãos.

O que se esquecem é que o poder que as forças Armadas têm neste país foi colocado no zero. O poder político fê-lo porque se queria proteger de uma eventualidade de golpe e o povo aplaudia sempre que se falava em cortes na despesa.
Assim, o exército não é mais que uma tropa fandanga, sem efectivos, com algumas brigadas verdadeiramente operacionais.
O exército não tem meios, nem materiais nem humanos, para fazer uma marcha sobre Lisboa.

Muito diferente da situação Grega em que o exército está excelentemente equipado e sempre esteve alerta por causa da "ameaça turca".

Otelo é coronel de coisa nenhuma. É um radical de extrema esquerda que defende abertamente a destruição de um regime democrático da mesma forma que defendeu a destruição de um regime autocrático. Basicamente, Otelo gosta de um regime... como ele gosta.

Talvez devesse lembrar-se de qual foi o apoio que a população lhe deu, mesmo sendo um herói de Abril. Talvez devesse lembra-se qual era a expressão eleitoral dos grupelhos esquerdoides por onde militou.

E se de um lado temos estes dois palermas, do outro temos um povo que sempre os conotou com uma extrema esquerda caceteira e incapaz de levar a sua avante a não ser pela força.

Mais valia que se calassem. É que se começarem com aventuras o povo pacífico pode começar a pensar se não é melhor fazer como em 75 e varrer uns quantos parasitas à paulada.

Até tem razão acerca do desvirtuamento da democracia. Até tem razão acerca da dureza das medidas. Perde a razão toda quando se põe a falar de um golpe militar. Tivesse o antigo regime ripostado em vez da tão típica resignação portuguesa, e hoje estaríamos a falar de um recluso após julgamento em corte marcial por traição.
Teve sorte em ter nascido num país de brandos costumes e é bom que não se esqueça disso.

Otelo, Jerónimo e outros que tais aceitaram a democracia e o voto porque não tinham outra alternativa. E porque os "vencedores" tiveram com eles muito mais deferência e contemplações do que eles teriam com os seus "inimigos". Veem-se como uma elite que lidera as classes trabalhadoras, demasiado estúpidas para pensar pela sua cabeça.
Mas espanta-me que se choquem com medidas que são aparentemente necessárias para corrigir a porcaria que a esquerda "moderada" causou em 15 anos de poder.
Ora lembrem-se lá e pensem se este energúmeno e se o camarada Jerónimo alguma vez apelaram ao derrube de um governo legitimamente eleito enquanto o PS estava no poder? Que me lembre nunca.

Otelo nunca teve o dom da palavra. Assinou mandatos de prisão em branco quando estava no Comando Operacional do Continente (COPCON) (não me esqueço de gente que foi presa às ordens deste animal só porque era acusado de fascista), defendeu atitudes semelhantes às que se passaram no Chile ao propor colocar os fascistas no Campo Pequeno, é suspeito de ter pertencido às cúpulas dirigentes das FP25 que apesar da sua incompetência terrorista ainda conseguiram matar algumas pessoas.

É a opinião deste fulano que esperamos que seja ponderada e sensata? Ele gosta de não ser esquecido e consegue-o pelas piores razões.