Regurgitações

Marinho Pinto, ou como ser o oposto do que se espera dum bastonário.

Desde o primeiro dia que ouvi este energúmeno falar que senti uma profunda náusea.
Ele é tudo aquilo que acusa os outros de ser, e consegue ser ainda pior do que qualquer outro.

É a essência Tuga personificada. Adora generalizações, acusando grupos inteiros sem sequer perceber que se medíssemos todos os advogados pelo seu exemplo teríamos de os qualificar de incompetentes, deslumbrados com o poder e completamente isentos de ponderação.
Não é assim, bem o sabemos. Há advogados que são excelentes profissionais, que medem as palavras e que sabem que não se deve tomar a árvore pela floresta.

Fico verdadeiramente espantado como com tantos exemplos históricos mal sucedidos na eleição de demagogos, a classe elege esta criatura duas vezes para reger os seus destinos.
Marinho Pinto porta-se como um pulha para quem quer aceder à profissão. Mas no primeiro mandato a sua defesa dos proletários do direito tinha a ver com essas pobres almas que aterraram nos escritórios de renome sem qualquer perpectiva de passar da cepa torta. Conseguiu o seu voto à primeira e quase que aposto à segunda.
E porquê? Porque num mercado de trabalho cada vez mais escasso, os que já entraram contam com ele para deter a sangria. Foi-se a solidariedade ou a memória dos problemas do acesso à profissão. Agora é carregar em quer quer entrar.
Quando Marinho Pinto fala de diplomas comprados esquece-se que o seu papel junto das instâncias competentes (Ministério da Educação) para denunciar essas situações era o primeiro passo. Que ele não dá. E não dá porque Marinho vive do diz que disse e da generalização.

A sua outra faceta Tuga é o clássico "não quero descer ao nível desses arruaceiros ou ao nível na ministra que anda enrolada com A ou com B".
A manifestação da falta de vontade em "descer ao nível" dos outros traduz-se numa descida de nível até aos infernos.

Se Marinho não fosse perigoso seria apenas caricato. Foi um lambe botas do poder passado e um bajulador óbvio quando a Ministra foi nomeada.
Ele gosta de quem concorda com ele. Quando não se concorda com ele, é-se malcriado, corrupto, caceteiro etc etc.

Advogados de prestígio e de palmarés notável olham para este bastonário e deitam as mãos à cabeça. Ter como bastonário semelhante "animal" tem degradado as relações institucionais com todos os agentes da justiça. Marinho não é exactamente um exemplo de competência e isenção. Marinho é apenas um demagogo a quem Júdice chamou de Mussolini de trazer por casa. E que pontaria. Júdice estava coberto de razão, mas a "classe" elegeu este Mussolini. Tal como elegeu o verdadeiro e como elegeu Hitler.

Marinho não fala. Vomita. Vomita ódio contra aqueles que ela acha que o odeiam. E no meio de tudo isto consegue mesmo ser odiado. E como um bom Tuga diz " Pois é, mas eu sou o bastonário e estou a cag..... para vocês todos. Tenho "legitimidade democrática".

Vai haver um dia em que ele deixa de ser bastonário e em que talvez o bastonário cumpra as suas funções com o um mínimo de decência e decoro. Nesse dia Marinho saltará de novo para as televisões a regurgitar mais um bocado. Sim, porque foram as televisões que lhe deram a cobertura mediática que lhe permitiu chegar a bastonário. Deram-lhe um palco para o populismo e para a demagogia barata que constantemente regurgita.
Fizeram um servicinho de "limpar as mãos à parede". Podem estar orgulhosos.
Um conselho - Os malucos internam-se. É que quando pensamos estar a "gozar" com as suas divagações de loucos, eles podem muito bem estar a aproveitar-se para conseguir aquilo que querem - exposição.