O Bloco

Quem ligasse hoje a televisão ficaria a pensar que decorria o congresso de um dos maiores partidos do país.
Discursos, entrevistas, perguntas a militantes com "interpretações" de lencinhos da OLP ao pescoço. Militantes novos, velhos e alguns supostamente mortos.

Na SIC, SIC notícias, TVI, TVI24.

Vi o Louçã insultar não sei quantas vezes Isabel Jonet. Vi-o desdenhar da ajuda que o Banco Alimentar dá a muitos neste país que não têm a sorte de viver duma cátedra paga com dinheiros públicos. Ouvi-o chamar-lhe caridadezinha. O porco. Vi tudo isso. E muito mais.

Vi um ajuntamento de gente que discute entre si qual o grau de comunismo que é o adequado, que persiste em querer transformar o país num estado pária. Vi gente que não mexe um dedo para ajudar o seu semelhante.

A sua "luta" é caricata. Eles são a caricatura do boneco dos "Homens da Luta". Um megafone, palavras de ordem, uma guitarrinha e está a coisa feita.

Mas eles são nas últimas eleições 288.973 em todo o país. Por oposição aos partidos do Governo que foram 2.159.742 e 653.987 respectivamente.
E é este grupo de imbecis, que viu o seu eleitorado reduzido a metade que EXIGE eleições antecipadas...

São estes patetas os foragidos do PCP e reciclados da extrema esquerda que discutia pelos idos de 75 quem era mais puro do ponto de vista do comunismo - Lenine, Estaline, Mao ou Kim Il SUng.

É este o partido de gente que nunca na sua miserável vida fez nada para melhorar a vida dum seu semelhante. São na sua maioria funcionários públicos. Luis Fazenda, Louçã, Fernando Rosas, Semedo.
Ao contrário do que acontece por exemplo com o PCP. O Bloco considera-se uma elite intelectual com toda a certeza de que é detentora da única verdade possível. A sua.

E vai daí, é arrogante. Um rato com rugido de leão. Um partido que pode muito bem regressar à triste representação na AR durante várias legislaturas - 1 deputado.

Ter o partido mais insignificante do espectro partidário a apelar a um governo de esquerda colocando de fora o PS e o PCP só pode ter uma explicação - esta gente devia estar em tratamento num hospital psiquátrico.
Ou vivem sob a influência de substâncias que alteram fortemente a sua percepção da realidade ou são doidos varridos. Ouvindo um ou dois discursos inclino-me  para a segunda hipótese. Precisam mesmo de uma gotas de lítio e de uma camisa de forças.

Penso o que seria um país com a gestão entregue a gente deste calibre. Tenho dúvida que consigam sequer gerir o dinheiro dos outros. Porque é disso que se trata. O dinheiros dos outros, dos ricos dos banqueiros, dos burgueses, dos ladrões.

Comparemos a cobertura mediática que se dava a estes grupelhos fragmentados da esquerda radical com o que se faz hoje.
É pela importância eleitoral do partido que se justifica este mediatismo? Nem os congressos do PCP têm cobertura semelhante. Nem de perto.
É pelas suas ideias? Têm mérito? Querer parar com a fonte de dinheiro que ainda nos sustenta?
É mesmo isso que esta esquerda bem pensante confortavelmente sentada em lugares dos quais não pode ser despedida quer que aconteça?
São irrealistas ou irremediavelmente estúpidos?

Pelas palavras de Daniel Oliveira é mais ou menos óbvio que o que eles gostam é de falar. É preciso um Daniel Oliveira vir dizer-lhes que sem o PS nunca poderá haver "governo de esquerda". Eles não repararam nisso ou estão tão embrenhados nas suas masturbações intelectuais que preferem negar a realidade.
Mas Oliveira disse mais. E disse uma coisa que é bem o retrato do que permite um partido como o Bloco viver. A citação não é literal mas foi mais ou menos isto:
"sem uma degradação severa das condições de vida em Portugal (que não podemos desejar) o não haverá um governo de esquerda que exclua o PS"

Ou seja, sem miseráveis desesperados a esperança de ver o Bloco chegar ao poder, é nula.

E são estes tipos e uma tal de Raquel Varela que dizem que Isabel Jonet "acha" que quantos mais miseráveis houver mais benefícios ela retira disso. A quem é que aproveita a miséria e o descontentamento?
Só alguém que tem exactamente essa agenda é que se podia lembrar de colocar tal enormidade nos pensamentos (nem é na boca, é nos pensamentos) de outra pessoa.

Agora digam-me lá se Raquel Varela não é mesmo um balde de esterco. Agora digam lá que o Bloco é mais do que um ajuntamento de demagogos com um discurso populista e vazio.