A massa de que somos feitos


Não morro de amores por este povo. Porque desde há muitos anos que o conheço.
É mesquinho, invejoso, preguiçoso e duma forma geral, bastante rasca.

Há excepções sim senhor, e felizmente conto entre os meus amigos algumas dessas excepções. Mas o português típico não é flor que se cheire.
Não é por acaso que o país é como é e vota em quem vota. Não é por acaso que a estratégia de Sócrates de voltar o povo contra alguns sectores da nossa sociedade encontrava amplo apoio.

Ontem o Público deu a notícia da saída do director geral da TVI. Foi de comum acordo e a justificação da praxe foi dada para a saída.
A notícia é breve e muito pouco dada a polémicas e a especulações.

Só que logo como primeiro comentário à notícia um corajoso energúmeno anónimo escreveu isto:
Anónimo , Lisboa. 05.10.2011 10:03
Mais um sangessuga da sociedade
Qual foi a indemnisação que o g. levou? Deve comcerteza ser brevemente nomeado para um novo cargo. Apesar de a TVI ser privada, tenho a certeza que é mais um dos boys (não interessa de que partido) à procura de um bom lugar para depois ser despedido com mútuo acordo. Cambada de parasitas que nada produzem
Não há muito que se possa dizer do calibre do animal. No meio os abundantes erros de português é evidente a mesquinhez e a inveja que tanto existe neste país. O sr. devia ser bem pago oviamente, mas daí a chamar-lhe sanguessuga e parasita é um salto demasiado grande para se dar.
Não conheço o director geral que está de saída nem posso avaliar o seu desempenho antes de estar na TVI ou durante a sua estadia, mas nunca teceria juízos como os deste imbecil comentador.
Esta noção que os imbecis têm de que todos são como eles com a única diferença de que ganham mais é notável.
É isto que faz deles imbecis.

O imbecil caracteriza-se por se preocupar mais com o que os outros têm do que em conseguir ser alguma coisa. Subestima sempre o esforço dos outros e sobre estima o seu. O imbecil é um imbecil.

Do ponto de vista da qualidade dos moderadores de comentários do Público isto também diz muito. Quantos comentários inócuos não passarão para passar este pedaço de lixo como primeiro comentário à notícia?

Continuo a achar que o Público prestaria um serviço de inestimável valor ao país se pura e simplesmente acabasse com a cloaca que é a secção de comentários da sua edição online.
Pelo menos não dava um púlpito para os imbecis escreverem o que lhes vai na cabeça. E tal como o que lhes vai na cabeça, o que escrevem é pura e simples trampa.