O bom nome e a honra


“O meu bom nome e a minha honorabilidade pessoal e profissional foram nas últimas 24 horas objecto da mais dura prova de que alguém pode ser sujeito num estado de direito que se pretende livre e democrático”

Isaltino tem "honra e bom nome". Que foram amplamente prejudicados ontem com a sua detenção e prisão durante um dia.

Até se fala na possibilidade de Isaltino pedir uma indemnização ao Estado por prisão ilegal.

O facto de ele ter sido condenado a 7 anos em 1ª instância com confirmação de 2 anos pelo Supremo e ao pagamento de mais de 400.000 Euros ao Estado faz dele uma vítima inocente de uma cabala.

O recurso pendente no TC é sobre o facto de não ter sido julgado num tribunal com juri. Assim quer agora fazer voltar tudo à estaca zero.
Curioso é que recorra ao Constitucional por causa disso.

Este  é o recurso de um inocente. Que logo a seguir admite ter "errado como outros"

Seja qual for a decisão do tribunal, bom nome e honorabilidade é coisa que Isaltino já perdeu há muito tempo. O deslize de ter cometido um erro que , segundo ele muito outros cometeram, (ou seja outros se terão apropriado de dinheiro que não lhes pertencia) não significa que tenha de ir parar à prisão.

Provavelmente só um ladrão que roube pouco é que deve ser preso. Quando o gamanço é da ordem das centenas de milhar já se é um ladrão de outra estirpe. Na verdade ele até tem sobrinhos taxistas milionários pelo que ele será uma pessoa acima de qualquer possibilidade de prisão.

Bravo Isaltino!! Boa linha de raciocínio. É por estas e por outras que se percebe a estratégia dos recursos. Gente como este "bom" homem aproveita-se até à exaustão deste mecanismo para evitar bater com as costas na prisa que é onde deveria estar há um bom par de anos.

Mas como gente assim consegue pagar a advogados palavrosos e experientes em inventar todos os recursos possíveis, lá se vão safando anos e anos com um crime que faria um  vulgar cidadão cumprir pena sem apelo nem agravo.

Gente como Isaltino é especialmente repugnante. Mente, rouba e quando apanhado e provado que o fez usa o dinheiro (que certamente também "palmou") para pagar advogados e custas e adiar eternamente a sua estadia na prisão.