E a novela continua

A seguir à triste figura que Alegre e Louçã fizeram ontem, tivemos hoje João Soares a dar o seu pequenino contributo para a novela Acções SLN.

E se Louçã e Alegre já foram sujinhos quanto baste, Soares desceu hoje a um nível ainda mais extraordinário.

Esclarecido que ficou o assunto das mais valias, pela apresentação de exemplos de accionistas que venderam mais alto do que Cavaco Silva, e explicada a razão de ser Oliveira e Costa a despachar os pedidos de venda (direito de opção da SLN na compra das acções), já muito pouco faltaria para explorar.

Soares levou o assunto a um novo patamar.
Já não põe em causa nada disto (seria estúpido persistir...) mas questiona agora se na COMPRA as acções terão sido pagas por Cavaco Silva ou se terão sido uma oferta. E diz isto como se estivesse a descobrir o ângulo que ainda ninguém tinha visto. Seria difícil ver, porque cabecinhas suezes e desprezíveis como a de João Soares não se encontram por aí em abundância.
Já tinha visto Soares adoptar posições de uma desonestidade intelectual notável, mas agora desce a um ponto inominável.
À falta do brilhantismo intelectual do pai, do qual não passa duma mera sombra, envereda pela insinuação rasteira sob a forma de pergunta. E fica com aquele sorriso pateta de quem espera para ver se a coisa colou ou se vai enfrentar um tijolo no focinho como forma de resposta.

O problema é que à frente dele tinha Paula Teixeira da Cruz, jurista, sabedora da matéria e muito pouco disposta a engolir desaforos de ignorantes.

Sobre o código das Sociedades Comerciais dissertou um par de disparates. Atitude pouco sensata como se veio a demonstrar momentos depois ao ser cilindrado pelo saber de Paula Teixeira da Cruz que a cada afirmação patética de João Soares sorria na antecipação do massacre.
Pois João Soares não sabia do direito de opção nem sabia exactamente do que estava a falar. Como qualquer pateta especialista em generalidades esqueceu-se de que estava sentado à sua frente. Rapidamente quis desviar o assunto sem grande sucesso. Ao entrar em areias movediças o melhor é tentar a retirada.

Parece que nos últimos tempos o que o PS tem para nos dar é apenas um conjunto de personalidades incompetentes, demagógicas e absolutamente gastas.
Tentar fazer isto com Cavaco Silva é duma imprudência atroz. O homem é sério. Não arrisca nada. Segue as regras todas.
A falta de arrojo dele e de chispa são precisamente a razão pela qual ele é sério. Não lhe vão apanhar fotos com umas tipas peladas, ou vê-lo misturado em negociatas obscuras com sobas africanos, nem nada que se pareça.
Ainda por cima era um individuo respeitador e amigo dos empregados do pai. O homem é sério porra!!
É como tentar colar acusações à Madre Teresa de Calcutá!!!

Ele tem tanto de sério como de pouco interventivo. Ele prefere a estabilidade mortal à mudança regeneradora. Prefere a tradição à novidade. Prefere as regras à contestação das mesmas.
Ele foi talvez o maior aliado de Sócrates nestes anos em que o país precisava de se ver livre dos governos mais incompetentes da história de Portugal. Foi menos critico de Sócrates do que Alegre. Ele é secretamente o preferido de Sócrates porque ele sabe que com a falta de arrojo de Cavaco não vai acordar um dia e enfrentar-se com a surpresa da dissolução da AR.

Estas personagens socialistas (Soares, Alegre, Barroso e outros que tais) de cada vez que tentam explorar um filão esgotado respingam-se completamente de porcaria (como se não bastasse aquela em que chafurdam há anos).

A juntar à camisola lançada ontem pela campanha de Alegre e vista em Louçã, à saída da SIC hoje à noite  João Soares foi visto com um novo modelo.

Até agora  João Soares era apenas conhecido por outra t-shirt de enorme sucesso criada pelo PS para as eleições que lhes deram a maioria absoluta. Era, juntamente com Silva Pereira, Vital Moreira e Teixeira dos Santos um dos early adopters do modelo, que convenhamos, é muito adequado à forma como ele tem passeado pela política nacional.