Ora aí está algo de cretino. Como não podia deixar de ser...
E se ao lado do café estiver uma retrosaria? Chega a polícia e interroga o infractor. E ele diz que está a fumar à porta da retrosaria.
Como é que se vai fazer? Pinta-se uma linha no chão a definir os limites do que é "à porta do café"? E se eu estiver encostado ao meu carro a fumar em frente de um café?
Acho excelente que não se fume em espaços fechados. Acho muito bem que quem fuma não incomode quem não fuma. Mas receio bem que estejamos a assistir ao inverso. Quem não fuma começa a incomodar quem fuma com o pretexto de estar também a defender a saúde do pobre fumador.
Estamos a começar a assistir a um fundamentalismo absurdo dos não fumadores. Um dia destes quem fuma terá de o fazer às escondidas porque alguém se vai lembrar de agravar o IMI dos fumadores ou criar uma taxa ambiental qualquer.
E podem bem limpar os estudos ao cú, porque estudos há para todos os gostos. Podem até fazer um a provar que um autocarro a passar em frente a uma paragem de autocarro provoca danos respiratórios em quem está à espera. A melhor maneira é banir os veículos com motores de combustão interna.
O mais giro disto é que eu não sou fumador. Só que a cretinice que rodeia a argumentação usada por esta gente que faz "estudos" é de tal forma espantosa que custa a crer que esta pessoas não sejam mais do que loucos que saíram do hospício para a visita semanal a casa.
(...) E traz uma novidade - a indicação de que a proibição deve estender-se às áreas circundantes de bares, restaurantes, cafés e discotecas. "Basta estar uma pessoa a fumar do lado de fora, junto à porta de um bar, para aumentar o nível de exposição ao fumo de quem está no interior", explica a coordenadora da equipa de investigação, Fátima Reis.E que tal se obrigarem os bares, discotecas e restaurantes manter a porta fechada? É mais barato, cumpre o objectivo e é muito mais fácil de passar a lei. Uma porta ou está fechada ou não está. Quanto ao conceito de estar à porta do café ou à porta do prédio do lado já é um bocado mais difícil de definir.
in Público 10-01-2012
Claramente vivemos numa era em que toda a sorte de idiota legisla ou propõe legislação. A coberto do politicamente correcto esta gente permite-se escrever e concluir coisas merecedoras dum bom par de tabefes. Francamente.