Presunção e água benta, cada um toma a que quer

Gabriela Canavilhas era sem sombra de dúvida a personagem mais agradável de "ver" no governo de Sócrates.

Apesar da idade, bem conservada e com um certo je ne sais quoi era sem dúvida muito melhor de contemplar do que as outras ministras que passaram pelo Governo.

Mas aparentemente as virtudes começavam e acabavam aí.
Com uma visão completamente canhestra do que deve ser o papel do Ministério da Cultura fez um pouco de tudo. Ou deveria dizer "não fez" um pouco de tudo.

Desde o incumprimento de acordos feitos por ela própria, às incriveis declarações depois da demissão do Dir. Geral das Artes, até ao recente episódio de usar um Blog do Ministério para propaganda partidária, a Dona Gabriela deu-nos a conhecer a forma como alguém não se deve comportar.

A juntar a toda esta panóplia de atitudes asininas, vem agora lamentar que não haja alguém a quem passar a pasta da Cultura.
O que é de todo estranho, já que as declarações foram proferias ontem (dia 15) e hoje ainda ninguém sabe a composição do futuro Governo. Sabe-se que tem 11 ministros mas não se sabem detalhes.

E sejamos francos. A sua passagem pelo Ministério reduziu-o a uma qualidade de Secretaria de Estado, senão mesmo de Sub Secretaria de Estado.

Não deve ter grande pasta para passar, diria eu. A coisa resume-se a uma folha A4 com toda a certeza. ou a mais uma cábulazinha a la Teixeira dos Santos.

Teria sido óptimo que estes ministros de má memória tivessem feito alguma coisa durante todo este tempo, em vez de se porem agora a tentar dar a ideia de que o que fizeram foi muito relevante e que infelizmente o próximo governo não vai ter qualquer qualidade comparado com eles.

Pois D. Gabriela, eu vou atrever-me a sugerir que volte para casa e pratique ao piano, porque se não forem os concertos a coisa vai ficar muito complicada.

Pode sempre tentar arranjar um lugarinho nos Açores porque o amigo Carlos César ainda se aguenta até às próximas regionais. É de aproveitar enquanto pode.

Devo confessar que a sra. seria a pessoa de quem menos esperaria declarações com tão pouca elegância.