As mentes vazias

Temos de ser ambiciosos e exigentes com o ensino, com a investigação e o saber, com as empresas. Hoje, mais do que nunca é preciso enfatizar a relevância de os portugueses serem totalmente exigentes e nada complacentes com a facilidade, transformando de velhas estruturas e velhos comportamentos muito preguiçosos ou, às vezes, demasiado autocentrados, por outros descomplexados, mais abertos, mais competitivos. [...] Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender. Só com persistência, exigência e intransigência o País terá credibilidade.
Confesso que não tinha lido as palavras do 1º ministro no seu verdadeiro contexto. Desde ontem que os piegas vazios do costume trouxeram para os jornais toda a espécie de comentários acerca dos "piegas".
Mesmo que o 1º ministro tivesse dito num discurso "os portugueses são uns piegas" não estaria a fugir muito à verdade. De facto os portugueses são uns piegas. Uns piegas, maus perdedores, gente que gosta de mudar as regras a meio do jogo se as coisas não estiverem a correr de feição, adeptos de atrasar a justiça se o caso for com eles etc etc.
Duma forma geral somos um povo cheio de virtudes. De pouco adianta dizer que tivemos uma história gloriosa. Tivemos, no passado. Mas as nossas gentes de hoje nada têm a ver com as do passado distante, tal como não têm nada que ver com as gentes dum passado bem próximo. É passado, e nós conseguimos deitar pela borda fora toda uma herança de orgulho, de espírito de sacrifício e de sentido de dever.
Resta uma minoria com princípios, com verticalidade e com HONRA.
Não qual não incluo., bem entendido, os ilustres membros da oposição do PS e do BE.

Havia qualquer coisa que me dizia que esta notícia do Público era mais trampa do costume
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou hoje aos portugueses para serem “mais exigentes”, “menos complacentes” e “menos piegas”, porque só assim será possível ganhar credibilidade e criar condições para superar a crise.
Havia qualquer coisa que me dizia que estávamos perante uma distorção igual à "suspensão da democracia durante 6 meses" de Ferreira Leite ou igual ao "desvio colossal" de Passos Coelho.

Percebo que um analfabeto funcional, que mal sabe interpretar um texto, possa tirar conclusões erradas de textos mais ou menos claros. Mas não espero que jornais, jornalistas e políticos sejam desonestos a ponto de retirar completamente do contexto duas palavras e andem de volta delas durante dois dias a ponto de criar uma notícia disto.
O Público desceu ao ponto mais baixo do rigor jornalístico. Perdeu completamente a noção de que a notícia é o relato dos factos. Para o Público a notícia faz-se de acordo com a visão do jornalista.

Só que a seguir aos maus vêm os péssimos. Ter Zorrinho ou Fazenda a dizer que Passos chamou piegas aos portugueses é extraordinário. É a prova mais que provada que a substância do que têm para dizer é nula. Ah, e que são uns "calimeros" (vulgo, piegas) da pior categoria.
É confrangedor ter estes "políticos " chegar à conclusão de que Passos não sabe falar aos portugueses por causa de um texto destes.

Eu diria que me parece que a única coisa que eles pensavam que sabiam fazer não lhes deu grandes resultados. A desanda épica que o Bloco e o PS levaram nas últimas eleições e todos os números de sondagens que apoiam a acção de Passos parecem comprovar que quem não sabe falar são eles próprios.
Vazios de substância, irrelevantes e completamente demagogos. Usam estas oportunidades para insultar veladamente Passos Coelho. À falta de melhor recorre-se à mais baixa desonestidade e deturpação.
Já não bastava o vazio intra craneano de Seguro. Esse vazio parece estar a estender-se a um sector muito alargado da esquerda.
Porque é que o PCP (excepção seja feita ao sr. piegas da CGTP) não se manifestou no mesmo tom acerca disto? Será que leu o texto completo e se absteve de fazer figura de parvo?

Aparentemente, quer o PS quer o BE não têm qualquer problema em fazer figurinhas estúpidas. Assenta-lhes que nem uma luva. Que pobreza de espírito.