O Estado de Graça. Onde é que ele pára?
E percebi que é difícil dizer que uma determinada estação é pró ou contra esta coligação.
É no entanto fácil perceber para onde caem as simpatias dos "jornalistas".
E a simpatia pelo PS é óbvia. Maioritariamente.
Quando o PS subiu ao poder já tinha ficado clara a "agenda" de muitos jornalistas ao encontrarem constantes gaffes e episódios em Santana Lopes. Gaffes essas que comparadas com o que veio a seguir foram simples brincadeiras de meninos.
Mas até podia atribuir-se isso à forma pouco ortodoxa como Durão Barroso, ofuscado com o lugar, abandonou cobardemente o país à sua sorte. Digamos que Santana e o PSD tiveram o que procuraram.
Sócrates esteve em estado de graça durante anos. Ele era determinado, reformador, activo. Ele era para muitos destes jornalistas, meio babados meio imbecis, um absoluto super homem.
Só que esse super homem era super na mentira, na propaganda e sobretudo na incompetência. Seria de esperar que após nos termos conseguido ver livres de tão abjecta criatura, houvesse agora algum distanciamento das questões de mera simpatia política e fossem minimamente factuais.
Há evidentemente uma forma diferente de estar na política por parte de PPC.
Que é uma forma diferente, é. Que é melhor e mais séria, parece ser. A ver vamos. Mas pelo que nos é dado observar até agora tem cumprido religiosamente aquilo que disse. Ainda não enganou ninguém.
Só que à falta de episódios rocambolescos, inventa-se. Hoje inventou-se já uma cisão entre o CDS e o PSD por causa da eleição de Fernando Nobre.
Já se tinha dissertado abundantemente acerca da ingenuidade de Passos Coelho e acerca do seu comprometimento com um programa eleitoral que "não lhe dava espaço de manobra".
Muitos destes críticos e comentadores parecem ser mais favoráveis a um programa vago que permita mentir sem que se possa dizer verdadeiramente que se está a mentir. Não é por acaso que são ex jornalistas a liderar os gabinetes de comunicação onde se dá voz aos spins inacreditáveis e à pura e simples manipulação da realidade.
Na verdade o que temos hoje de sujo na política, o engano a omissão e a pura e simples manipulação parte em muitos casos de ex jornalistas.
Que parecem estar de alguma forma irritados pelo facto de Passos Coelho não ter precisado das suas ajudas de "linguagem" para ganhar as eleições.
À falta disso não lhe dão descanso. E francamente enjoa. Procuram casos em nada, quase como tentando encontrar uma pepita de ouro no meio de cócó de cão. É ao que muitos estão reduzidos, escavadores de cócó.
Dizia há alguns dias atrás que a informação que temos é uma merda. E a cada dia que passa isso é mais evidente. Como se quisessem esquecer que uma maioria dos votantes fez uma escolha que deve ser respeitada e que devem apenas cingir-se aos factos.
Não conseguem. Não conseguem fazê-lo. Até tentaram dar a ideia de que Assis é uma criatura que pensa pela própria cabeça, ou que Seguro é alguma coisa de substancial.
Sabemos que fez o mui digno curso de Relações Internacionais na Universidade Autónoma, que ao ter aberto em Dezembro de 85 faz com que ele tenha pelo menos iniciado o seu "último" curso superior com 23 anos. Sim, porque andou aparentemente a arrastar os pés por um curso de gestão inacabado. Frequentou um mestrado de qualquer coisa, e aparentemente não o acabou.
Aos 34 anos era o boss da JS (o jovem mais velho de Portugal) e hoje com quase 49 anos a única coisa de curriculo que tem para apresentar é um lugar de Assistente na Universidade onde se formou. Assumo que depois de 90, o que faz com que aos trinta e tal anos tenha tido um emprego pela primeira vez...
Quando muitos de nós já estavam com obrigações profissionais há uns aninhos. Sou um pouco mais velho do que ele e aos 23 comecei a trabalhar.
Ou seja temos aqui mais um que não deve saber exactamente como é o mundo lá fora.
Vazio, pavão, e academicamente medíocre.
Leciona 10 horas por semana (de acordo com o que está afixado no site da Universidade) que é mais ou menos um dia de trabalho normal de um português. Ao qual se seguem outros 4 ou 5.
Tal como Assis que após o seu curso de Filosofia e docente do secundário envereda pela política aos 24 anos para nunca mais sair. Só gostava de saber quantos anos foi docente do secundário. 1?
Se o curso de filosofia tinha 5 anos a bem dizer não teve muito tempo para ser docente de nada.
No entanto os media falam destas duas criaturas como se fossem a salvação do país e olham para o PM recém eleito e para o seu governo, que por acaso está recheado de personagens de verdadeiro mérito, como se fosse uma coisinha de nada.
São jovens, são inocentes e são apenas uns profissionais que admitem ser competentes, mas não são POLÌTICOS.
Crime de lesa majestade - são técnicos...
São mais importantes as recusas que Passos Coelho teve, a derrota com a eleição de Nobre e a anunciada cisão da coligação. Ou a incrível situação de ter falado em 10 ministérios e acabar, imagine-se, com 11. E que ainda por cima é mau porque assim os ministros não podem dar conta do recado...
Ora vão para o raio que os parta.
Ao menos tenham a decência de dar a um governo que toma posse dentro de um ou dois dias o benefício da dúvida.
Reconheçam ao menos que pessoas como o Ministro da Economia está a anos luz do desgraçado Pinho ou do geriátrico Vieira da Silva (que mal consegue articular um frase sem parecer um deficiente mental).
Ou comparem Nuno Crato com a escritora de livros para crianças ou com a matrona Wagneriana que foi ministra antes desta. Ou Paulo Macedo com a senhora médica do sinalzinho na cara.
E nem sei com que comparar Mário Lino ou os outros ministros de quem nunca ninguém soube o nome ou sequer o que faziam. Só me lembro que a última ministra do Ambiente se chamava Pássaro por razões óbvias. Da agricultura nem me lembro nos nomes, tal foi o papel relevante que as criaturas tiveram. As senhoras da cultura lembro-me porque uma tinha um penteado estranho e a outra era toda jeitosa. Quanto ao que fizeram? Uma pegou-se com o Rui Rio não foi? E a outra tinha um piano no gabinete.
Tivemos também o senhor da Administração interna que para inepto não lhe faltava nada. Não só mentiu descaradamente às forças de segurança bastas vezes como parecia mais preocupado em falar dos aspectos da estrita legalidade e normalidade. A competência e a acção era algo que pareciam ser-lhe completamente alheias. E Santos Silva? E Alberto Costa e Alberto Martins?
Vamos lá a ver se nos lembramos bem do nível de porcaria que tivemos nos ministérios durante 6 anos. Pode ser?
É comparar a nata com o refugo. Mas mesmo assim preferem o refugo? Para dizer a verdade não me admira muito. A maior parte da classe jornalística não passa hoje de refugo ela própria.
Advogados falhados, gestores com meio curso e jovens apalermados com mais vontade de se ouvir do que de ouvir os entrevistados. A classe jornalística, salvo raras e honrosas excepções é de um nível completamente indigno do título que ostenta.