S. Francisco de Assis

Não, não é o santo.
É mais o político com ar de acólito de 2ª categoria, que à falta de bom ar achou que a política era o único caminho onde a sua inteligência podia ser aproveitada.

Este homem alterna entre a mais despudorada demagogia e desonestidade intelectual e o insulto velado a todos os que contrapõem argumentos.

Já um dia destes o tínhamos ouvido dizer que o PSD tinha um preconceito ideológico contra o serviço público.
O que é extraordinário, já que ele é o porta estandarte de um partido que contornou de todas as formas possíveis a ideia de serviço público apoiando a criação de estruturas paralelas, supostamente empresariais, para colocar todos os gestores de má pinta que o PS tinha para colocar.
Já o tínhamos visto insinuar-se com o discurso da estabilidade e do sentido de Estado junto do PSD para ver se obtinha uma aprovação para o famigerado orçamento de Estado.

Agora acusa Passos Coelho de ter uma visão paroquial da forma como um Estado deve ser gerido. Curiosa esta afirmação de alguém que nem pinta tem para segurar o copinho das óstias.

Faz-me sempre lembrar aquele nojentinho que andava na nossa turma, que não tinha amigos e que era um marrão deslocado. Que normalmente era bufo e graxista. Havia um destes em todas as turmas.

Assis parece ter uma visão muito cosmopolita e avançada de como um Estado deve ser gerido. Terá passado por Palermo? Por Nápoles? Pela Calabria quiçá?
O conceito de gestão do Estado para Assis parece ser a rede cleptómana que se montou nestes últimos anos e isso é de facto uma visão muito pouco paroquial.

A inteligência que ele aparenta ter consegue ser posta ao serviço de uma visão completamente sectária e distorcida da realidade.
Passos Coelho tem uns tiques liberais exacerbados, mas não é certamente Assis que pode dar lições do que quer que seja a Passos Coelho e ao PSD.

A sujidade em que ele chafurda  há 6 anos juntamente com os seus colegas do PS não lhe permite sequer apontar qualquer sujidade aos outros.

Parece-me que é o desespero do fim de ciclo. A travessia do deserto, a perda das benesses e a enorme martelada no ego que deve ser a perspectiva de não se ter "poder" durante uns anos. Para quem está habituado a manipular e a congeminar deve doer.

De uma coisa estou seguro. Não chegou onde chegou pelo bom aspecto. A inexistência de sorriso, os lábios finos e o ar de quem tem constantemente alguma coisa enfiada nos fundilhos, condená-lo-ão a ser sempre um cão de fila de segundo plano. O primeiro plano fica para os burros vazios com boa imagem televisiva.