Mas não conseguem acertar uma?

Depois  da incrível fantochada que foi a aceitação da demissão do director ex Director Geral da Administração Interna, o ministério está metido em mais uma decisão brilhante.

Veremos agora quem é que o ministro Rui Pereira vai crucificar. 
Creio que depois do que se passou com a falha do sistema no dia das eleições, o director geral tinha que se demitir.
Mas aparentemente a decisão de não comunicar aos cidadãos não foi da sua inteira responsabilidade. Parece mesmo que a decisão foi tomada pela Secretária de Estado.
Foi pelo menos isto que o Director Geral demissionário deixou entender.

Mas como sabemos, gente desta estirpe prefere encontrar um cordeiro para sacrificar e no processo juntar-lhe mais algumas ofensas para afastar a culpa da incompetência própria.

Neste caso dos radares de costa, o sistema foi desligado em Novembro por ordem de um Oficial superior da GNR que incorpora a Brigada Fiscal.

Mas seguramente que a ordem veio de cima. Não imagino um militar tomar uma atitude destas sem uma ordem ou sem aprovação da tutela.

Claro que o facto de o novo sistema estar atrasado em relação à data prevista e só entrar em funcionamento em Agosto não terá pesado nada nas decisões destes génios.

Podem fazer o patrulhamento à vista... com binóculos. Sabemos como este método é eficaz com nevoeiro ou à noite.
Para quê o radar? Apenas para agradar a gente que gosta de engenhocas....

Não há uma única coisa em que este ministro acerte.
Desde os problemas de segurança e vagas de assaltos, até ao incrível negócio com os carros blindados para a PSP, até ao cartão do cidadão em dia de eleições até este episódio em que os radares de costa estão desligados, este ministro conseguiu nos seus mandatos recolher uma tal quantidade de asneiras que não seriam admissíveis sequer a um curioso, quanto mais a um ministro.

Como é que uma pessoa com alguma reputação no mundo académico se enrola em tamanha vaga de incompetência?
Muito consciente das questões formais e legais, nada sabe acerca das questões reais e concretas que lhe passam pela frente.
É apanhado constantemente com as calças na mão.

Mas há uma coisa que temos de lhe reconhecer:
O homem preserva o tacho de ministro com uma determinação que lhe falta para tudo o resto.

Mas que triste figura..