Ooh the void, the void...
O que dizer quando não se tem nada para dizer?Para a maior parte das pessoas com dois dedos de testa, a resposta seria - nada.
Mas com António José Seguro o "conceito" de "nada" atinge um novo significado.
Pedro Passos Coelho devia ser mais activo, sustentou o deputado. “Deviam estar a ser mobilizadas reuniões com líderes de outros países da Europa, que ou estão na mesma situação ou exigem da Europa um outro tipo de envolvimento”, avançou.O que ele diz em linhas gerais é que a culpa é das instituições Europeias. Até aí estamos de acordo ainda que eu ache que uma grande parte da culpa do nosso estado em concreto, é do belo partido a que ele pertence e que agora quer chefiar.
O candidato afirmou que, se fosse “primeiro-ministro, uma das coisas que fazia era reuniões bilaterais com outros primeiros-ministros e mobilizá-los porque, de facto, a Europa não pode correr atrás do prejuízo, tem que agir”.
Defendeu que esta é “a altura de os líderes europeus se porem de acordo rapidamente e criarem mecanismos que possam verdadeiramente ajudar a resolver esta crise”.
Segundo Seguro, entre estes mecanismos está a emissão conjunta de dívida pública através de ‘eurobonds’ [obrigações europeias], a criação imediata de uma agência de rating europeia, a alteração dos critérios de financiamento de crédito por parte do Banco Central Europeu e a dotação do orçamento da União Europeia de mais recursos, para que não se esteja tanto tempo à espera para agir.
Mas claro que se ele fosse Primeiro Ministro faria tudo diferente de Passos Coelho. Aqui está um que acha que reuniões são a solução para todos os problemas. Como se faltassem reuniões entre os membros da UE.
Estou certo de duas coisas se o tivéssemos como primeiro ministro:
- Eu emigrava, porque se uma criatura deste calibre chega a primeiro ministro eu não quero viver neste país.
- Ele conseguiria tanto resolver esta crise com reuniões, como Chamberlain conseguiu evitar a segunda guerra mundial reunindo-se com Hitler para assinar um acordo
Se eu fosse rico...
Dá-me até um certo prazer ver que os dois candidatos à chefia do PS são incrivelmente maus por razões completamente diferentes. É como se os pusessem num alinhamento e escolhessem os dois piores das pontas da linha.
Um vazio, tacticista, irrelevante tentando parecer conciliador e o outro semi caceteiro, cão se fila de quem o pode levar a lugares de ribalta e completamente desprovido de escrúpulos.
Até um deles disse (nem me lembro qual mas creio que foi Assis) que o congresso que elegeu Sócrates com uma percentagem tipicamente Norte Coreana não devia ter acontecido.
Ele que esteve na linha da frente no apoio a esse líder...
Seguro que também por lá andou tentando não dar nas vistas.
Continuem assim. Entre a implosão do PS e a explosão do Bloco, estas eleições tiveram um efeito regenerador muito para lá do que se esperava. Ao menos isso. Deixaram o país na ruína mas agora vão amargar como já não se lembravam.