SUCH - Somos Uma Corja de (des) Honestos
O que é isto?
É uma entidade que supostamente deveria permitir poupar custos no sector da saúde através da centralização de serviços para todas as entidades do Ministério da Saúde:
Gestão de Instalações e Equipamentos
Gestão de Roupa, Limpeza e Resíduos Hospitalares
Gestão Alimentar especializada
É a velha receita das sinergias. Faz-se uma empresa que fornece serviços às empresas do "grupo".
Até aqui tudo bem, se bem que as tentativas das sinergias resultam quase sempre num conjunto de quadros superiores razoavelmente bem pagos que atiram com as poupanças pelo cano abaixo apenas para sustentar a massa salarial acrescida.
O estranho é que aqui estamos a falar do Estado.
E não deixa de ser estranho que havendo já uma entidade oficial que tutela todos os organismos do ministério (o próprio ministério...) se tenha de criar uma outra que trata apenas de 3 áreas comuns.
Claro que esta entidade foi rapidamente dotada de quadros gestores, directores comerciais etc etc.
Uma frota de automóveis de prestigio e bónus.
Uma forma simpática de fugir à regras da função pública. Nada dos inconvenientes mas com todas as vantagens.
E esta entidade não só conseguiu a proeza de não poupar nada, mas ela própria conseguiu abrir um buraco financeiro à conta das suas despesas de funcionamento.
O curioso é que se dão prémios por cobrança de dividas, sendo os devedores organismos do estado a pagar a outro organismo do estado.
Basicamente a divida não foi paga na totalidade, porque uma parte dela foi "oferecida" sob a forma de prémio a alguém.
Dão-se prémios de "trabalhador do ano" (12,5 mil euros) a um dos directores comerciais” que já tinha sido premiado.
Só isto é um prémio adicional de 1000 Euros/mês em cima do que já recebe de salário e dos outros prémios.
E já agora deixem-me perguntar... O que faz um director comercial duma "espécie de central de compras de serviços" do próprio estado? Tenta convencer os administradores dos hospitais a "comprar" uma coisa que deviam ser obrigados pelo Ministério a fazer?
Se não são obrigados (no sentido de poupar custos) então para que serve esta porcaria que dá pelo nome de SUCH?
Este organismo conseguiu a proeza de gastar mais de 20 milhões em estudos de consultoras que pretendiam provar o bom que era esta centralização e os ganhos que ela significaria. A pena é que nem os estudos foram postos em prática nem a poupança se verificou, sendo este valor (20+ milhões) 4 vezes superior ao resultado negativo do SUCH.
As viaturas deste organismo não são viaturas do Estado na verdadeira acepção da palavra. Não são uns carros que estejam à porta à espera de ser utilizados quando for preciso. São sim carros utilizados a titulo particular que geram despesas de oficinas, portagens impostos etc etc, mas que são pagas pelo Estado como se de uma empresa privada se tratasse.
A coisa pública passou a ser gerida como uma empresa. Só que não precisa de apresentar resultados positivos. E não precisa porque quando se metem num buraco, os accionistas (o contribuinte), sem saber, voltam a dar-lhes uma pipa de massa para eles brincarem às empresas durante mais um ou dois anos.
Estudos para isto? Com dados de quem? Do próprio Estado? Então contratam-se consultores que analisam dados que o próprio Estado tem para provar que podem poupar dinheiro se centralizarem certos serviços?
Roupas - Será que um Hospital não tem lavandaria nas suas instalações? Vai contratar serviços de lavandaria fora?
Como é que a coisa funciona? Levam a roupa suja de camionete para uma lavandaria central (que por limitações geográficas só pode servir um número reduzido de hospitais) e depois metem na camionete que volta a entregar no hospital?
Será que no Amadora Sintra, S. Francisco Xavier, Garcia de Orta, S. Maria etc etc não há lavandarias dotadas de equipamento para fazer isto? É preciso centralizar estas coisas acrescendo ao custo inerente ao tratamento da roupas o custo de transporte?
Se os hospitais até têm incineradoras para destruição de material biológico e material usado e potencialmente contaminado, porque raio se acrescenta a isto o custo de transporte deixando estas equipamentos a funcionar abaixo da sua capacidade?
Claro que é mesmo preciso pagar bem a uma consultora para provar que isto é rentável. A chatice é que a realidade não se compadece com estas aldrabices e lixa o esquema todo.
No entretanto as consultoras já embolsaram uns milhões e a ideia é um manancial de prejuízo. Mais uma vez estes gestores tentam arranjar nos consultores uma desculpa para fazer aquilo que é errado ou que justifique a existência destes organismos aberrantes e esbanjadores. E isto é o estereotipo dos gestores incompetentes, sem travões no que diz respeito a gastos a brincar às empresas.
No sector privado também há gente assim, só que a fazer isto não dura um semestre. São normalmente convidados para outros "desafios"e nem sequer são responsáveis por um desbarato destes calibre. Tomara muitas empresas terem lucros ou sequer facturação igual ao que estes tipos conseguiram perder num ano. É que nem a jogar na roleta com altas apostas conseguiam fazer tão triste figura.
Que estes gestores são de um nível indescritível não restam dúvidas. São provavelmente a ralé da gestão. E acentuo a palavra ralé porque é o que esta gente é, apesar dos seus títulos pomposos e da sua conversa redonda aprendida à força de se tentar safar às responsabilidades.
Mesmo que venham com o choradinho de que as coisas não resultaram porque houve boicote e tal...
Pois se houve e perceberam a dada altura que não havia condições, saíam de cabeça erguida em vez de ficarem a parasitar num organismo que atropela de tal forma as regras básicas de gestão da coisa pública que deveriam ser todos julgados por gestão danosa.
Se eu fosse membro de um organismo que fosse cilindrado por pareceres do Tribunal de Contas da forma que este é, eu teria vergonha de sair à rua. Pena é que estas apreciações não tenham a correspondente investigação do MP no sentido de apurar ilícitos penais.
Este organismo foi pelo menos responsável pelo desbarato de mais de 20 milhões em estudos inúteis. Foi responsável por 4,4 milhões em 2008 e em cinco milhões em 2009 de resultados negativos. As poupanças na saúde estão à vista de todos, com a despesa a sair pelo telhado.
Só o facto de se tentar centralizar num organismo destes um conjunto de serviços que poderia muito bem ser gerido localmente ou , na melhor das hipóteses, gerido pelo próprio Ministério, diz bem da confiança que o Ministério tem na qualidade de gestão dos seus profissionais de administração hospitalar - nenhuma.
A outra hipótese é não confiar em nenhum (nem neste do SUCH) mas querer apenas arranjar uns lugares dourados a uns gestores de péssima qualidade da mesma cor partidária.
Virem dizer que este organismo foi boicotado na sua acção o que impediu que as sinergias fossem aproveitadas é no mínimo totalmente desonesto.
Este organismo existe desde 1965 (a julgar pela história do organismo publicada no seu site) e é estranho que esta bandalheira seja apenas dos últimos 4 ou 5 anos. Os anos em que estes organismos foram tomados de assalto pela corja de incompetentes que infelizmente governa este país.
É extraordinário como esta gente movida por interesses pessoais indefensáveis consegue agarrar num principio de algum mérito e distorcer tudo a tal ponto que o torna num tumor de proporções épicas. São absolutamente incompetentes em tudo excepto numa coisa - na forma de se encherem rapidamente sem fazer nada.
Qualquer organismo que gaste 20 milhões em estudos e apresente em dois anos sucessivos resultados negativos de 4.4 e 5 milhões só pode ser gerida por débeis mentais. No entanto esses débeis mentais têm prémios de produtividade, carros de gama alta pagos, despesas de representação asseguradas como se fossem geradores de algum valor acrescentado. Eu diria que para evitar resultados negativos no ano de 2011, ponham-nos a todos na rua, fechem a porta e deitem fora a chave. Se estiverem quietos não geram passivo.
Este é o princípio básico de uma empresa privada que tem de apresentar resultados para sobreviver. Aparentemente o principio "empresarial" aplicado a estes organismos só o é pela metade. A metade que tira do erário público quando há prejuízo.
Isto é o que está no site da dita entidade.
Só pode ser gozo, perante os belíssimo resultado de 3 anos (sim porque em 2010 também devem ter dado uma "facada" de respeito no erário público).
As lindas frases que constam deste "mission statement" são típicas deste tipo de entidades. Mas a parte que eu gosto mesmo é a declaração de que são uma entidade privada sem fim lucrativos (claramente). Mas se são privados então deverão entrar com o pedido de insolvência já em 2011, ou não?
Apresentação
O Serviço de Utilização Comum dos Hospitais é uma associação privada sem fins lucrativos.
A nossa actuação está claramente orientada para o cumprimento da missão estratégica de contribuir para a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde e para a transferência de mais-valias para os nossos Associados.
Assumimos a posição de parceiro dedicado, especializado e criador de soluções que satisfaçam necessidades comuns e específicas de cada um dos nossos Associados e Clientes, através de estruturas e equipas de natureza partilhada.
Consideramos a redução de custos e a eficiência como os factores dinamizadores da relação com os nossos Associados. A busca da excelência do serviço a clientes, a realização dos colaboradores e a satisfação dos utentes são eixos fundamentais que movem, diariamente, os profissionais do SUCH.
Somos o parceiro de confiança.
Somos pela Qualidade
Apostamos no profissionalismo e na excelência, através do desenvolvimento contínuo de novas competências e metodologias de trabalho para, de forma consistente e continuada, melhorar os processos e a qualidade dos nossos serviços.
Orientados pelo princípio da melhoria contínua da satisfação das expectativas dos nossos Associados e Clientes , apostamos no aperfeiçoamento profissional de todos os nossos colaboradores e a uniformização, inovação e desenvolvimento de boas práticas.
Actualmente, temos o Sistema de Gestão da Qualidade certificado pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER) e pela International Certification Network (IQNet) nas seguintes áreas de actuação:
- Manutenção de Instalações e Equipamentos Hospitalares
- Tratamento de Roupa Hospitalar
- Gestão de Resíduos Hospitalares
- Projectos de Obras (Engenharia e Arquitectura)
- As cozinhas do Hospital de São Teotónio em Viseu e Hospital de São João no Porto, Hospital Rovisco Pais na Tocha e Hospital do Litoral Alentejano em Santiago do Cacém - da recepção ao empratamento;
- Limpeza Hospitalar
- Segurança e Controlo Técnico
A Certificação de Qualidade é para nós um projecto dinâmico, que prossegue actualmente os objectivos da Certificação Ambiental e a Certificação de Segurança Alimentar.