Cronologia do Zé

O Zé empata túneis

O Zé é fixe

O Zé é de esquerda

"O Zé faz falta"

O Zé é eleito

O Zé vende-se

O Zé é pedante

O Zé é um ditadorzeco do "gosto"


Pois é Zé.
Sempre achei que a volta que deste pela esquerda chique era apenas uma forma de por os fundilhos num lugar onde pudesses forçar os outros a aceitar a tua visão das coisas.

Agora deixamos de lutar pelas grandes causas e passamos a preocupar-nos por menus de formato A4 e porta guardanapos de aço Inox.

Não fosse isto ao nível da demência digna dos grandes e alucinados ditadores, era digno de riso até às lágrimas.

E diz bem do grau de tolerância de alguém que foi eleito para um cargo público. Chapéus de sol de pano cru, toalhas de mesa de cor única, menus de formato A4 e porta guardanapos de aço inox.

Mas há aqui graves omissões. Os talheres são como? E os pacotes de açúcar? E o que dizer das cadeiras?

Mas falta talvez o mais importante


Camarada, onde estão os uniformes?

Passamos então à ditadura do bom gosto. Esperem até o Zé começar a definir a forma como os prédios podem ter flores nas janelas ou a forma como os cidadãos têm de se vestir.

O poder corrompe mesmo. Quando estava de fora a tentar entrar era "um cidadão" preocupado com Lisboa.
Hoje é só mais um a decretar medidas dignas de um louco.

O Zé faz tanta falta como uma praga de piolhos.