A campanha eleitoral

É sem tirar nem por o período em que entramos.
Só que esta tem uma particularidade - apenas um partido.

Já assistimos ao congresso do partido único, transformado numa festa de glorificação do Líder.
As poucas vozes discordantes são relegadas para horas tardias e premiadas com assobios duma sala quase vazia.

Não há quase ninguém no PS que esteja interessado em ouvir falar de alternativas ou sequer de responsabilidades.

Durante um fim de semana de campanha todo o tempo é do PS de Sócrates. E convém realçar que é o PS de Sócrates e dos seus amigos. Almeida Santos, Silva Pereira, Edite Estrela, Mário Lino, Francisco Assis e todas aqueles que de alguma forma foram beneficiados com estes 6 anos de governação.

A campanha passa um pano sobre tudo o que foi o desvario governativo nestes 6 anos. Nada aconteceu.

Num congresso que se pretende um espaço de discussão e de troca de ideias e ideais, aquilo a que se assitiu não tem lugar.

Há algumas ausências que são significativas. Há também alguns comentários contidos de alguns dos notáveis do PS. Mas isso é a excepção. A regra é o endeusamento do Grande Líder.

Os outros partidos não se manifestaram ao longo deste fim de semana. Estão provavelmente mais preocupados com a real situação do país.
Neste momento em que e Europa nos aponta o dedo, temos um PS a querer passar responsabilidades para cima dos outros e um PR a pedir "imaginação".
A Europa olha-nos com uma enorme desconfiança. Não somos dignos de credibilidade.

Durante 6 anos os nossos representantes mentiram, omitiram e manipularam tudo o que foi possível nos encontros com os congéneres Europeus. Somos um país insignificante com um buraco financeiro muito significativo.

Sócrates empenhou o país para gerações futuras. Estafou dinheiro em plena crise como se estivéssemos em crescimento. Agora vem fingir que esteve na oposição e que a responsabilidade está com outros.

Veremos como a campanha se vai desenrolar. Mas Sócrates não pode esperar que todo o país se reveja na sua retórica falsa. A realidade é muito mais cruel.

Isto foi o que Sócrates fez desde 2005


Fonte : Luís Marques Mendes


Aqui está o paraíso na terra. E o presente não é nada comparado com o que nos deixou para o futuro. O Número de PPP's realizadas em 6 anos ultrapassa tudo o que já se fez antes. Sobretudo quando pensamos que 40.18% desse investimento foi feito em plena crise (2008/09/10).

E é no meio deste cenário de loucos que temos de pedir ajuda. Só que o governo, em plena campanha eleitoral sai de cena e deixa para a comissão o ónus de "negociar" com os partidos!!!

Admito que pessoas como os nossos governantes não precisem de se preocupar com a sua segurança financeira. Afinal ao longo de muitos anos ganharam num ano aquilo que um português médio leva 10 anos a conseguir, mas ao menos alguma decência era aconselhável.
Ao lidar com ministros da Finanças da União, não estão a lidar com os apoiantes acéfalos do congresso do PS na Exponor.
E afinal é o futuro próximo do país que está em causa.

Devia lidar-se com a conduta destes dirigentes da mesma forma que a Islândia o fez - banco dos réus.


Infelizmente somos um povo de carneiros. E a juntar a esse "temperamento" juntamos também uma profunda ignorância e falta de memória.
Somos o povo perfeito para líderes desonestos e criminosos