Patologicamente desavergonhado
Com os Governos de Sócrates tornou-se prática reiterada nas empresas públicas e que se soubesse a dívida das mesmas tinha duplicado durante os seus mandatos com Sócrates ao leme.
As dívidas iam sendo incorporadas em novos contratos, mascarando o problema e atirando para o futuro a sua solução. Que cada vez se tornava mais grave e mais volumosa.
Acontece que a juntar a isto a forma como alguns desses contratos de swap foram feitos denota uma total incompetência. De tal forma grande que é caso para pensar que possa existir dolo.
A verdade é que a juntar ao já monstruoso buraco de dívida das empresas públicas se soma agora mais um buraco de 3.000 milhões resultantes destas práticas reiteradas.
Numa audição parlamentar, Vitor Gaspar referiu que era prática corrente com os governos de José Sócrates fazer este tipo de "engenharias" para esconder desorçamentação e prejuízos. Nas palavras de uma famoso nabo em economia "gerir a dívida".
Com a troyka a chegar a Portugal teve de se acabar com esta ocultação de despesa do estado não inscrita no orçamento. E surpresa das surpresas, ela era muito maior do que se poderia supor. O PS fez desta trapaça a sua forma de funcionar.
Só que agora a "gestão da dívida" chegou ao fim. Como era de esperar e como infelizmente descobrimos.
Gaspar referiu que o PS tem uma "incapacidade patológica de assumir responsabilidades" em resposta ao que um deputado do PS chamou "ofensas gratuitas" da parte do ministro.
Não há uma única asneirada que o PS tenha assumido perante o país.
Quase parece que não cometeu um erro. Quase parece que fez tudo bem.
A conjuntura internacional é que destruiu o país.
Mesmo perante estes casos em que a incompetência ou dolo são absolutamente óbvios, ainda há um qualquer palhaço da bancada do PS que se atreve a insultar o ministro e as nossas inteligências.
Se este fosse um país em que estas coisas são investigadas e punidas até às últimas consequências, haveria muita desta ralé a ver o sol detrás das grades. Com os seus bens confiscados e sem nunca mais poder ambicionar chegar perto do poder.
Estes indivíduos deveriam julgados e punidos pelos crimes que cometeram. De tal forma que nunca mais pudessem aspirar a ter um cargo público ou privado.
Com este tipo de casos que todos os dias vêm a lume é fácil perceber como é que o país chegou aqui. Estes indivíduos puseram-nos numa espiral de dívida sem fim, nunca abdicando de fazer grandes "negócios" com a banca e com as empresas satélites do PS.
A cada caso destes, segredado entre camaradas, ia-se buscar mais um saco de dinheiro aos "mercados". Mil milhões para cada mês que passava. E assim fizeram durante 6 anos. Não admira que a dívida tivesse disparado como disparou. Não admira que estivessem mortinhos para largar tudo depois de negociar o acordo com a troyka.
Sócrates sabia perfeitamente que muitas destas coisas viriam a lume. E por isso se encontrava no recato intelectual de Paris.
Deixou por cá um exército de palermas a defender a honra que nunca teve. Gente como este Pedro Marques que acusa o ministro de fazer "ofensas gratuitas" perante a esmagadora realidade. Perante a esmagadora evidência da incompetência, má fé e falta de honorabilidade do PS.
Não é nada que me espante. Mas na verdade até preferia que o PS fosse um partido credível e com gente de qualidade. Tinha-se evitado todo este horror que estamos a passar.
Tinha-se evitado tanta coisa. Bastou um delinquentezeco conseguir chegar à liderança do partido (aplaudido de forma Norte Coreana no Congresso) para que o país ficasse como está.
6 anos bastaram para transformar tudo num lamaçal. 6 anos bastaram para se perceber como um homem apoiado por acéfalos destrói um país.
Ofensas gratuitas? Creio que não basta. Bastaria sim um bom rolo de corda e uma trave.