Comentadores...

Por um mero acaso ouvi na TSF um comentário de Adão e Silva e de Marques Lopes sobre o congresso do PSD.

E entre os dois, não consigo mesmo decidir qual deles é o mais mentecapto.
Inclino-me fortemente para Adão e Silva, besta sectária e vácua, que não perde nenhuma oportunidade para querer fazer passar os seus juízos subjectivos como sendo verdades insofismáveis.

Segundo ele, o facto de Passos Coelho ter esclarecido ao congresso que aquilo que tinha acabado de votar não seria aquilo que pensavam ter votado, teria fragilizado Passos Coelho.

Não entendo a lógica da conclusão. A conclusão só pode ser tirada desta forma porque Adão e Silva não passa dum idiota sectário que tenta vender uma imagem de equidistância dos partidos. Na verdade essa equidistância NUNCA existe.
Tudo é desculpável ao PS e ao seu bando criminoso e tudo é condenável na actuação dos outros.

Lá voltou a questão da criminalização da acção política. Típico de gente sem tomates e que espera um dia ficar impune por decisões que afectam milhões de pessoas.
Num emprego normal a incompetência e o dolo dão direito a despedimento com justa causa. Na política, um crime, uma ilegalidade flagrante têm como consequência eventual a perda de eleições.

É este o castigo que Adão e Silva acha razoável para alguém que espoliou um país inteiro e vive regaladamente com os proventos de uma carreira política. Quiçá obtidos de forma ilegal.

De Marques Lopes pouco há a dizer. O sua conversinha acutilante, sempre convencido de estar a ver o ângulo que os outros não conseguem faz dele uma das criaturas mais enjoativas dos nossos media.

Não se percebe se é de direita ou de esquerda. Percebe-se que não gosta de "certas" pessoas e isso tem-lhe bastado para ser chamado a "opinar" em televisões e rádios como se de uma estrela mediática se tratasse.

Ainda não entendi a necessidade de ter comentadores. O que é um comentador? Qual é o propósito que serve a não ser defender os da sua cor ou denegrir os da cor contrária?

Uma coisa é ter um especialista numa matéria qualquer a esclarecer as pessoas. Outra coisa é ter um bando de idiotas a soldo de uma qualquer cor política a opinar sobre o que os outros fazem ou dizem. Ou não dizem.
Todos estes imbecis têm uma ideia de como deve comportar-se um 1º Ministro, um Presidente da República ou um Presidente de um Partido. Não são nenhuma dessas coisas nem nunca o serão. Mas são bem capazes de ter a opinião de que um 1º Ministro como Sócrates se portou adequadamente.

O comentário, muito à maneira nacional, não é mais que uma forma de fazer como os outros com um ligeiro twist. É que enquanto uma Sky, BBC ou outra televisão séria põe gente de saber e de qualidade a falar de temas concretos, nós pomos imbecis a falar de porra nenhuma.