Renegar o passado

António Costa e alguns "notáveis" criticam Seguro por optar por esquecer o passado do PS.

É verdade. Seguro esforça-se para que nos esqueçamos do que foi Sócrates e a sua criminosa governação.
Não podia ser de outra forma. Bem vistas as coisas, aquilo de que os socialistas se orgulham desses anos são, na maior parte das vezes, meras jogadas de propaganda.

Sabemos hoje, e soubemo-lo quando o fedor de Sócrates ainda pairava no ar, que os "grandes desígnios" do PS não passavam de fumo ou, noutros casos, não passavam de meras manipulações de uma realidade bem diferente.

Como se pode orgulhar este PS do passado na área da Justiça? Com as revisões do código penal que tinham como objectivo reduzir o cúmulo jurídico de penas introduzindo o conceito de crime continuado.
Revisão essa que teve como efeito secundário a libertação de criminosos perigosos às centenas.
E a apressada revisão da lei das armas para conter a sangria provocada por essa primeira revisão?
Como podemos esquecer-nos do agravar da situação das acções executivas ou da campanha das férias judiciais que redundou numa situação impossível para a manutenção dos turnos e férias durante o mês de Agosto degradando ainda mais a situação dos tribunais cíveis.

E na educação? Um processo de avaliação que enterrou os professores numa burocracia interminável afastando-os do seu primeiro objectivo - ensinar? Ou a certificação de incompetências através das Novas Oportunidades?
Se o primeiro foi pensado para poupar dinheiro com as progressões na carreira, o outro foi pensado para alindar os números  da OCDE.

E na saúde com uma rede de cuidados continuados sem orçamento estrangulando as entidades a quem o Estado devia pagar? Ou o encerramento de maternidades por esse país? Que acabaram redundar numa conta nunca paga aos hospitais Espanhóis onde iam nascer a crianças de Elvas.
Ou o acumular de dívida ás farmaceuticas que redundou nas suspensão de fornecimento de medicamentos oncológicos aos hospitais?

E o conluio com as grandes empresas nas PPP's ruinosas e renegociadas para serem ainda mais ruinosas para os cofres públicos?

E a sucessiva escalada da carga fiscal sobre uma classe média asfixiada e sem fuga possível que era depois desbaratada em obras sem controlo? A Parque Escolar, exemplo perfeito da mais pura incompetência e falta de planeamento com derrapagens orçamentais que colocariam qualquer pessoa num país civilizado atrás das grades.

O passado recente do PS é isto. E é tanto isto que forçou o 1º ministro coadjuvado por um ministro das finaças titubeante mas complacente a pedir dinheiro para poder pagar os salários em Junho de 2011.
Um 1º ministro que dizia em 2010 que estávamos bem. Que teve um ministro da economia que fazia corninhos na AR que qualificava o nosso país de oásis. Que foi à India, paraíso do trabalho miseravelmente pago dizer que os salários em Portugal eram baixos e isso o tornava num sítio atractivo para o investimento.

Um partido que anda agora agarrado à preocupação com "as pessoas" não se pode atrever a falar no que fez com "as pessoas" há menos de um ano atrás. Sobretudo quando esse mesmo partido aplaudiu de pé num congresso um lider que fez um discurso não muito longe dos discursos de ódio que outras figuras ignóbeis fizeram noutras épocas.

A única forma de o PS ganhar alguma credibilidade é varrer com todo o lixo subserviente a Sócrates.
E não são subservientes porque concordassem com ele ou porque o admirassem como líder.
Eram-no porque ele garantia o acesso a lugares de poder e de influência. A par do desdém que muitos tinham por Sócrates (Seguro incluído) nunca se afastaram muito dele sob pena de serem esquecidos nas listas ou num qualquer lugar apetecível.
Ainda sobrevivem e pontuam na bancada socialista, fazendo a vida negra a um líder vago, desorientado e totalmente vazio.
Líder que tem medo de lembrar os portugueses do que  nos trouxe aqui.

Não votei em Passos Coelho. Mas tenho de ter esperança que por uma vez na vida deste país alguém tenha a coragem de governá-lo em condições impossíveis e consiga atravessar o túnel sem nos tornar num país indigente.
Confio no ministro das Finanças. Não há dúvida quanto à sua honestidade nem quanto à sua competência. As declarações dos líderes das potencias europeias que "importam" são bem claras. Podem estar um pouco empoladas, mas talvez isso se deva ao contraste entre o charlatão e mentiroso Sócrates e uma pessoa em quem se pode confiar.

Espero para ver. Mas não vou fazer o que faz todo este povo impaciente que não percebeu realmente onde estamos metidos e clama já por desaperta de cinto e benesses acrescidas.  Se o que Sócrates destruiu levasse só dois anos a endireitar éramos um povo com sorte. Vai levar muito mais.

Sócrates comprometeu o país para lá das nossas vidas. Comprometeu os nossos filhos. Destruiu em 6 anos o que leva mais de uma geração a por direito.

Como é que um líder de um partido que esteve por detrás deste caos pode resistir à tentação de ocultar isto?

O que dizem Costa, Pedroso, Assis e outros notáveis vermes é o equivalente a ter nos dias de hoje o Partido Nacional Socialista da Alemanha a dizer que o seu grande líder histórico teve um lado bom. Fez autoestradas e desenvolveu a indústria. Devolveu o orgulho ao povo alemão e era um homem carismático.
Quem é que seria tão estúpido ou ignorante que poderia ficar calado perante tais afirmações?

Sócrates e todos os seus sabujos do PS foram o grupo mais despudorado e criminoso que governou este país. Nem quando estivemos debaixo da mão da Coroa Espanhola se fez tanto para destruir Portugal.
O que esta gente nos roubou foi o futuro. Foi a esperança de que este país possa um dia ombrear com a Europa em condições iguais. Roubou-nos o dinheiro, a honra e o amor próprio.
Num qualquer país civilizado eles estariam no banco dos reús a responder por traição.