A alternativa de esquerda?
Mas qual é a alternativa?
Vejamos...
1. Não pagar a dívida
2. Aumentar a despesa pública (com que dinheiro?)
3. Aumentar os impostos às grandes empresas
4. Baixar a carga fiscal (hum? às grandes empresas)
5. Apostar no investimento (de quem? das grandes empresas?)
6. Nacionalizar sectores chave da economia (e assim quem investe?)
7. Acabar com as rendas no sector da energia e rodovias
8. Aumentar o salário mínimo (com a saída do Euro até podem dizer que são 500 contos de reis porque o escudo não vai valer nada)
9. Criar emprego (só se for no Estado, porque empresas privadas deixará de haver)
10. Acabar com os exames
11. Sistema de saúde gratuito (por esta altura só se pagassem com feijões)
São apenas 11 das insanidades irreconciliáveis de Semedo e da menina histérica. Talvez só fosse possível fazer a primeira medida ja que tudo o resto ou seria inviável ou uma das medidas comprometeria todas as outras.
Estas são as alternativas de esquerda que Semedo tem falado desde há anos e que agora fala cada vez mais. O problema é que colocando essas medidas numa pequena lista torna evidente como é francamente impossível realizá-las sem que aconteça uma coisa. E essa coisa é aquilo que Semedo diz que quer evitar - o empobrecimento generalizado do país.
Numa situação assim acabariamos a fazer troca directa, nenhuma grand empresa manteria as portas abertas e não haveria qualquer investimento quer nacional quer estrangeiro.
É triste que esta gente não aprenda nada com o passado recente. O que Semedo continua a defender foi exactamente o que arruinou Portugal em 3 anos após o 25 de Abril. E que motivou a primeira intervenção do FMI.
O país nunca se recompôs. Adiou o inevitável com crescimento à custa do desbarato de dinheiro da CEE e manteve uma situação completamente artificial criando dívida em cima de dívida.
A Semedo perdoa-se esta ignorância completa de causa/efeito (ou talvez não). Afinal ele é médico, provavelmente da mesma forma que Nogueira é professor.
O grave é que gente como Louça defendia isto e Seguro (el burro) defende a mesma coisa. Apenas da boca para fora, claro está, porque ele sabe ou alguém saberá no PS que a maior parte destas medidas são inviáveis ou vão contra o seu comprometimento com a Troyka.
Então qual é a alternativa de esquerda? Pobreza e miséria ou será exactamente a mesma coisa que estamos a sofrer mas com "mais sensibilidade"?