Um novo conceito de baixa política
Mentindo desbragadamente. Mentindo de forma descarada e frontal.
Depois de os eleitores terem percebido até à exaustão a impossibilidade das suas promessas.
Seguro é claramente um deles. Medíocre nas palavras, paupérrimo nas ideias, árido na inteligência promete aquilo que todos sabem ser impossível.
Diz Seguro que revogará os cortes nas pensões. Não diz isto porque seja errado fazer convergir os sistemas de pensões ou indexar o sistema à performance económica do país.
Ele diz isto simplesmente porque quer ganhar eleições mentindo. Sabe como qualquer um de nós que a faixa de pensionistas é enorme neste país. E sabe também que nenhum deles terá ficado contente com a redução dos seus rendimentos.
Mesmo que seja óbvio que a situação do país não pode sustentar um sistema que se alheia da crueza dos números, Seguro dirá isto e dirá muito pior.
Logo para começar nunca quis aceitar as culpas da catastrófica governação socialista. Distanciou-se prudentemente nunca criticando ou defendendo as asneiras do PS. Deixou a alguns mastins socratinos esse papel.
Nunca conseguiu fazer realmente uma limpeza de casa no PS e ficou refém de um grupo que o manipula a seu belo prazer, forçando-o a "indignar-se" periodicamente quando o "bom nome" do PS é posto em causa.
Mas Seguro sabe que o nome do PS está associado a anos de despesismo, rigor de gestão inexistente e negócios mais do que sombrios feitos com dinheiros públicos.
O que nos trouxe a uma situação em que aquilo que o país "gasta" é mais do que o que o país "recebe".
E a solução de Seguro para todos os problemas é: Gastar mais.
Quando a Troyka diz que é preciso reduzir a despesa para conter o deficit nos limites impostos, Seguro diz: eu não corto e não aceito que se corte.
O que Seguro tenta dizer é que esta será a sua posição oficial até ser eleito (se o for) para no dia seguinte passar a ser a contrária.
Seguro mente e sabe que mente. Mas como não tem carisma e não tem qualquer dote de orador todos sabem que mente.
Seguro inaugurou uma nova era na política. A sua presença torna-a na actividade mais degradante e baixa que se pode exercer. A sua completa falta de noção do ridículo leva-o a atirar pedras a um governo que tem um secretário de Estado que tentou vender swaps quando estava num banco, enquanto que o seu próprio assessor para assuntos económicos estava sentado do outro lado da mesa e "viu com interesse a proposta" do secretário de Estado.
Seguro não é a encarnação da baixa política por ser matreiro e maquiavélico. Ele é a encarnação da baixa política porque não consegue sequer "subir" a um nível minimamente aceitável. Seguro definiu uma nova bitola para um potencial primeiro ministro:
Curriculo académico inútil e duvidoso
Ausência de qualquer experiência profissional
Carisma nulo
Completa incapacidade de se impor dentro e fora do Partido
Incapaz de ser levado a sério
Discursos sem conteúdo e com um ritmo capaz de por qualquer pessoa a dormir
Nulidade em questões económicas, militares, científicas, religiosas e todas as outras
"Excelente" grupo de amigos e "conselheiros"
Uma cara de parvo muito difícil de bater