A mentira (parte 742)

E vai mais uma. Ou duas. Já lhe perdemos a conta.

Mais um pacote de austeridade. No qual é contemplada matéria que o PSD lutou para tirar do OGE.
Não me resta muita dúvida que o PSD vai comer mais um desaforo do grupo mais indigno de confiança com que se pode negociar - o Governo.

E a cada dia que passa as  hipóteses de o PSD poder aspirar a ter um governo estável são menores.
Ninguém vê com bons olhos a cobardia e o calculismo de um líder que sempre disse que faria o melhor para o país.
A decisão é grave e séria mas chegou o momento de acabar com isto. O país não aguenta mais. Precisa de uma esperança de que podemos melhorar e não a certeza de que nas mãos destes loucos só iremos piorar.

Para este governo não há acordo que não quebre, não há mentira que não diga.

Cavaco saberia provavelmente o que ia acontecer antecipadamente. Não acredito em coincidências.

E se não foi informado oficialmente, resta saber se devia tê-lo sido.
Seja como for há condições reunidas para que o PR dissolva a AR tal como o fez Sampaio. Tem ainda mais razões para o fazer hoje do que Sampaio teve então.

Está demonstrado à exaustão a falta de carácter e de palavra de Sócrates e dos que o rodeiam. A maioria do país não vota PS e não há um estudo de opinião que não agrave a diferença.
O país quer ver-se livre de Sócrates - definitivamente.

Todos os argumentos de estabilidade têm demonstrado que não é isso que os mercados procuram.


Provavelmente "os mercados" procuram verdade. Alguém que seja de confiança. Alguém que ainda dê a sua palavra e a cumpra.

Com esta recessão e a receita fiscal a cair, teremos ainda mais correcções antes do fim do ano. É uma espiral que não tem fim. Os portugueses suspiram nos intervalos apenas para serem mais espezinhados a seguir.

Não me lembro na minha já longa vida de ter conhecido um político tão falso e sem carácter como Sócrates.

Deitou por terra o pouco que ainda havia de pé. Aquilo que ainda se podia ter corrigido. Mas não o fez.
Enrolado num frenesim de propaganda anunciou o que não fez e fez o que não anunciou.
Quis deixar o seu nome associado à modernidade e desenvolvimento e empenhou o país até um ponto de não retorno.

Se não estivéssemos no Euro estaríamos já na mais completa miséria. Para entrar no Euro colocámo-nos à mercê na mais completa miséria.

Só faltava um maestro incompetente para guiar um país embevecido pelo "autoritarismo" até à sua própria destruição.

Não há fim para isto...