E mais uma...
A coisa já nem é ao nível das generalidades que tanto o caracterizam. Do tipo " a solução para a crise é o crescimento e o emprego".
Este chegou já ao ponto de fazer declarações flagrantemente falsas, baseadas em interpretações típicas de alguém com um QI ao nível de imbecil.
No Negócios on line, aparecem afirmações de Seguro feitas sabe-se lá em que contexto que são uma verdadeira ode à estupidez e à cegueira.
"Não conheço nenhum país no mundo que fosse capaz de sair de qualquer crise empobrecendo" ou que "conseguisse resolver os seus problemas tendo 40% dos seus jovens desempregados" e "dizendo à geração mais qualificada que o caminho é a emigração", argumentou António José Seguro.Pois eu não conheço nenhum país que não tenha empobrecido com uma crise. A definição de crise é precisamente a de um empobrecimento. O que deve ser verdadeiramente raro é encontrar um país que saia da crise enriquecendo. A saída da crise é o enriquecimento sim. Mas durante a crise empobreceu.
Esta é uma verdade La Palissiana que nem Seguro parece conseguir entender.
Pelo contrário, "só criando riqueza" é que as pessoas "podem pagar ou gerir as suas dívidas, reduzir o défice" e "criar postos de trabalho", disse Seguro em Vila Viçosa, no distrito de Évora, no encerramento de um fórum subordinado ao tema "O Interior do país e a Vida das pessoas: os jovens empreendedores".Aqui concordo com ele. O país precisa de soluções concretas. O que é estranho é ele quase parecer criticar-se. É que todas as "soluções" dele são meros vapores. Imaginem o que seria um fulano assim a gerir uma verdadeira crise.
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"Desde que assumi a liderança do PS que disse que tinha consciência da situação em que o País está, que o caminho era estreito, mas que era um disparate seguir pela ‘política da austeridade custe o que custar'", lembrou.
O País, continuou, precisa de "soluções concretas", nomeadamente de apoio os empresários, tanto dos mármores, devido ao aumento dos custos energéticos e às dificuldades de acesso ao crédito, como dos outros sectores da economia nacional.
E, no caso dos mármores, Seguro deixou uma proposta "em cima da mesa", dirigida à banca, para que garanta o financiamento de "encomendas firmes".Este tipo de discurso vazio e aflorando generalidades é o tipo de coisa que qualquer palerma com dois dedos de conversa pode dizer.
"Quando um empresário tem uma encomenda firme, que sabe que vai ter que entregar passados três meses e receber passados seis, porque é que o banco não o há-de financiar directamente, sabendo que vai recuperar esse dinheiro ao fim desses seis meses", questionou, em jeito de desafio.
Os bancos, sublinhou, "vão financiar-se ao Banco Central Europeu (BCE) a 1%, mas, depois, esse dinheiro não chega à economia. Deixo aqui esta ideia e um apelo: Que uma parte do dinheiro chegue à economia".
Os empresários portugueses, frisou, "não querem subsídios". O que querem é "continuar a trabalhar" e, para tal, "precisam é de acesso ao crédito, de financiamento da sua actividade".
"O que dói é que os empresários têm clientes e podem produzir, aumentar a riqueza nacional, manter emprego, mas têm dificuldades de financiamento. Ora, se houver esse financiamento, isso significa que é bom para a economia e é bom para o País".
Não revela saber, não revela capacidade. Até nem revela o tipo de discurso que se espera de um líder potencial do Governo. Isto é vago, é uma mera constatação do que o país está a sofrer pela perniciosa influência do partido que preside e não é uma solução para nada.
Seguro não tem uma posição fácil. Por um lado tem os velhos vícios de querer agradar a um eleitorado à custa da aldrabice e das promessas vãs e por outro fala para um eleitorado que não esquece a trampa que tem sido a governação do seu partido.
Mas podia tentar ser sério. Podia transparecer competência e vigor.
Um grande líder vê-se nas adversidades. Seguro é aquele palerma que não queríamos ter por perto numa altura de crise. É o tipo de idiota que por cobardia e por falta de "vida" acabaria por arrastar todos para a desgraça.
Seguro é o tipo que largávamos ao leão para salvar o resto do grupo.
E é isso que ele é. Uma vitima para sacrificar até o PS se achar em posição de ganhar alguma coisa.
O problema é que ele se convenceu que pode enganar o destino e chegar a ser 1º ministro. É um cordeiro com pele de lobo.
É dum vazio completamente inédito em lideranças políticas. Jerónimo é um tipo vivido, Louçã com as suas afirmações gongóricas conseguia arrastar as pessoas (BTW entre Semedo e catarina conseguirão fazer o Bloco chegar aos 1%.. esperem), Portas é inteligente e perpicaz, Passos é determinado e tem espírito de missão.
Seguro é um palerma. Parece que saiu de casa dos pais anteontem e reclama com a mãe porque as peúgas não estão bem dobradas. Tem ar de quem está permanentemente com prisão de ventre. A sua pose teatral, estudada e solene é totalmente incompatível com este tempo e com estas circunstâncias.
Só por uma estranha volta do destino é que ele chegou a Secretário Geral do PS. E por incrível que pareça às vezes penso o bom que seria se Assis o tivesse derrotado.