Hits rock bottom and keeps digging
Juntem a isto a capacidade interminável de mentir e terão José Seguro.
As declarações dele são qualquer coisa que convém analisar com alguma profundidade
O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou hoje que, se assumir as funções de primeiro-ministro, a austeridade económica e financeira será uma "necessidade" mas não uma estratégia prioritária por parte de um seu Governo.Já estou um pouquinho farto de o ouvir dizer "se assumir as funções de 1º ministro" faz isto ou faz aquilo.
António José Seguro falava no Centro de Congressos de Lisboa, perante uma plateia de empresários e economistas no âmbito da conferência "Fórum para a Competitividade".
A apresentação do líder socialista aos presentes foi feita pelo antigo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa Pedro Ferraz da Costa, dizendo que o líder socialista "fala em alternativa [para o país, mas sem a explicitar] ".
António José Seguro, na sua intervenção, vincou que "há ano e meio" que sustenta que a actual política de austeridade do Governo "falhou", porque a prioridade "deve ser colocada do lado da economia e do emprego, conciliando com rigor e disciplina orçamental".
Em primeiro lugar alguém deveria chamá-lo de lado e dizer-lhe: "Olha, Tózé... tu és um bocado básico e dotado de uma capacidade de entusiasmar mais ou menos do nível de uma carrada de brita. É bem provável que sejas apenas um líder para queimar na actual conjuntura do PS. Não tenhas muitas ilusões, ok?"
Ele declarar que a austeridade seria uma necessidade é quase digno de gargalhada. Ninguém acredita, ou então se acredita não só é parvo como completamente incoerente, que a austeridade é para este governo uma paixão.
Se assim fosse o que dizer do ódio meio deslocado a Merkel pela imposição da austeridade? Ou bem que é ela ou bem que é este Governo que o faz de modo próprio.
Mas depois acusam o governo de apenas seguir o que Merkel manda fazer (???)
Não bate a bota com a perdigota.
Ele sabe perfeitamente que a austeridade é uma necessidade. E é-o porque nos é imposta para podermos receber ajuda externa.
Afirmar, sem o fazer claramente, que os outros a aplicam porque acreditam piamente na austeridade sem propósito e que ele apenas o faria porque é necessário é digno dum verdadeiro palhaço da política.
É um exercício de uma baixeza incrível e que não passa despercebido aos que estão mais atentos a estas coisas.
A necessidade advém de o SEU partido ter partido TUDO a camartelo. Deixou as contas públicas em tal situação que tivemos de mendigar. E quem empresta não gosta de ver o mendigo a desbaratar o que é dele e EXIGE austeridade. Mas quem tornou Portugal num mendigo foi Sócrates. Não me consta sequer que ele não fizesse parte da bancada ou que tivesse tomado posições opostas ao tresloucado desbarato do seu secretário Geral.
De uma certa forma ele criou a necessidade.
Mas mudou de discurso. A falta de coragem é outra característica de Seguro. E está sempre a vir à tona de água. As suas alternativas vazias e impossíveis de concretizar esbarram no seu próprio discurso.
Como é que ele numa mesma ocasião fala de austeridade "necessária" e de prioridade que "deve ser colocada do lado da economia e do emprego, conciliando com rigor e disciplina orçamental".
Como concilia ele a austeridade com o fomento da economia e do emprego? Ainda um dia destes falava de emprego "subsidiado", ou melhor de estágios...
A verdade é que Seguro não tem soluções. Nenhuma. Porque é um básico, e totalmente incapaz de pensar "fora da caixa".
Seguro é um produto duma educação política viciada em que as soluções vinham sempre à custa de dinheiro que agora não tem. Na falta de dinheiro quase tudo o que possa propor é irrealizável.
Estando por fora da realidade concreta dos números puros e duros o que lhe resta propor é apenas "wishful thinking".
Seguro é um tolo irrelevante. Não pode parar de falar porque se esquecem dele. De cada vez que fala não tem nada para dizer.
Ainda por cima não tem a vantagem do BE ou do PCP que não são directamente envolvidos no que aconteceu ao país. Seguro é um digno herdeiro da trampa que é o PS. Ele é cúmplice em toda a linha da porcaria que ocorreu com Guterres e com Sócrates.
Seguro é um palerma maleável como plasticina, sem carisma, sem ideias, tão entusiasmante ou contagiante como a peste e completamente impreparado para gerir sequer um partido, quanto mais um país.
Quando eu pensava que ele não conseguia descer mais baixo, aí está ele a contorcer-se nas palavras como qualquer imbecil apanhado em flagrante.