Incompetentes, mentirosos e irresponsáveis
Negociar com a troyka de mão "estendida", no limite da ruptura de pagamentos de salários, levou a que fossem aceites condições e taxas de juro que foram muito prejudiciais. A teimosia em admitir que o país ia necessitar de ajuda externa e a insistência recente de que o PEC IV resolveria todos os problemas, fez com que por exemplo a amortização da dívida incidisse de forma muito vincada em 2016 e 2012.
A renegociação destes pontos fez com que se pudesse atenuar o impacto nestes dois anos. Esta renegociação só foi possível 2 anos depois e após um período de demonstração de cumprimento por parte do Governo em funções. Ganho de confiança esse conseguido à custa de uma grilheta quase insuportável para a população do país.
O PS, sempre alijando responsabilidade de todo o mal que causou, acusa gaspar de tentar encontrar bodes expiatórios. O que não deixa de ser curioso, uma vez que é precisamente o que o PS faz desde o dia em que foi posto fora nas eleições.
Primeiro foi a crise internacional, depois foi a não aprovação do PEC IV, agora é a má gestão deste governo que causa os nossos problemas.
Nunca fez um mea culpa, sempre protegendo o seu criminoso líder de então e tenta de formas "criativas" fugir à sua mais que evidente responsabilidade.
A ajudar esta desavegonhada desculpabilização pontuam alguns que escolheram o governo como alvo, seja por razões ideológicas seja por razões bem mais mesquinhas.
Não há um dia que passe em que não ouçamos um qualquer pateta pretensioso a qualificar de péssima a gestão do Governo. A maior parte deles conseguiu fazer tão mal ou pior. Tudo o que seja passado quer por parte do PSD quer por parte do PS foi responsável pelo estado completamente insustentável deste país.
Recuperar as asneiras de 15 a 20 anos de asneiras em apenas 2 é uma tarefa impossível. E é ainda mais impossível no meio da tempestade de antagonismo que se vive.
Mas mesmo admitindo que a memória é curta e que podemos não nos lembrar de Guterres ou mesmo de cavaco, Sócrates é acima de qualquer dúvida aquele que desferiu o golpe de misericórdia no país.
Rodeou-se de tudo o que era lixo semelhante a ele. Agarrou no partido com mão de ferro e eliminou toda a contestação interna. Depois foi um ver se te avias de desbarato, más decisões e a mais puro desrespeito pela coisa pública. No entretanto criou fortunas de amigos e a sua.
A quantidade de casos estranhos em adjudicações de serviços pelo estado não tem fim. Do que se soube dá para perceber até que ponto Sócrates governava num mundo de faz de conta. Sem contestação, sem escrúpulos.
E hoje, perante todas as evidências de gestão danosa de um país, temos estes incompetentes a atribuir culpas à crise, à não existência do PEC IV e a um sem fim de razões para justificar a sua incompetente negociação (mais uma) com a Troyka. Dão mesmo um salto tentando confundir o sofrimento do ajuste causado pela sua má gestão com as consequências da sua má gestão. Chamam-lhe "narrativa", como se por acaso pudessem existir duas versões da realidade.
Agora que Seguro tem estado calado, talvez por perceber que é melhor estar calado do que dizer disparates, existem estes badamecos para ir passando a sua versão da realidade.
Deviam ser pura e simplesmente ser trucidados verbalmente por Vitor Gaspar e pelo PSD. Que necessidade há de consenso com alguém que é mentiroso, incompetente ou ladrão? A única coisa consensual é por essa gente atrás das grades. Varrê-los da administração pública do parlamento e das empresas. Congelar as suas contas bancárias e verificar ao tostão tudo aquilo que fizeram ou ganharam nos últimos 15 anos. Sem apelo nem agravo.