Portugal devia “marimbar-se” para os credores

Estas foram as sábias palavras de um dos Vice Presidentes da bancada Parlamentar do PS - Pedro Nuno Santos.

O que vai na cabeça de Sócrates já nós sabemos desde a sua extraordinária conferência multilingue.
Sabemos agora que há gente com lugares de importância no alinhamento actual do PS que têm exactamente a mesma visão do maior aldrabão que país elegeu como 1º ministro.

E não é de admirar. Um mafioso rodeia-se de mafiosos. Não deve ser muito fácil gente com alguma espinha dorsal conviver com tipos deste calibre.

Estes fulanos são o exemplo perfeito daquilo em que se tornou a nossa sociedade. Uma sociedade em que uma palavra nunca é para cumprir, em que as obrigações assumidas não são respeitadas.

E depois admiram-se dos níveis de litigância nos tribunais cíveis. Isto que este desgraçado idiota disse num jantar de Natal é aquilo que milhares e milhares de portugueses fazem.
Contraem dívidas e contam com a morosidade da justiça para se safar. Com isto tornam a justiça ainda mais morosa. Perante uma enxurrada de processos que este tipo de atitude gera, não há sistema que consiga dar vazão.

O erro está em pensar que com a dívida soberana as coisas se passam da mesma maneira. Uma coisa é não pagar um carro e andar a fugir com ele durante uns meses. A outra é endividar um país e deixar de pagar o que se deve.
Numa situação em que estamos a viver de crédito, fazer isso que esta criatura diz significaria o colapso do país. Dizer esta barbaridade, mesmo que seja num jantar de Natal, só pode ser resultado de completa imbecilidade ou por o próprio se estar a "marimbar" para o sofrimento horrível que o país inteiro passaria se isto acontecesse. Deve estar a contar com algum pézinho de meia que conseguiu por ao fresco.
 
Pedro Nuno Santos, um dos vice-presidentes do grupo parlamentar do PS, afirmou que se estava a “marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou”, sugerindo que o país deve suspender o pagamento da sua dívida para deixar “as pernas dos banqueiros alemães a tremer”.
Questionado sobre se as suas declarações não podem comprometer o trabalho que Portugal está a fazer no sentido de cumprir o memorando de entendimento assinado com na troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) e trabalhado ainda pelo anterior Governo e suscitar uma reacção adversa por parte dos mercados, o deputado reafirmou ao PÚBLICO que o seu discurso não foi feito no sentido de Portugal não cumprir o acordo: “Nunca disse que a dívida não deve ser paga. Mas a dívida é a nossa única arma para podermos impor condições mais favoráveis, pois a recessão é o primeiro passo para nos impedir de cumprir o acordo”.
Pedro Nuno Santos asseverou também que o facto de a cimeira europeia da passada semana não ter acalmado os mercados é “mais uma prova de que chega de nos submetermos aos credores e aos mercados”. “É incompreensível que os países periféricos não façam o que faz o Presidente francês [Nicolas Sarkozy] e a chanceler alemã [Angela Merkel]. Deviam unir-se. Eles reuniram-se antes da cimeira para decidirem o que deviam decidir os 27 [Estados-membros] e os periféricos deviam fazer o mesmo”, reiterou.
No entanto, no polémico jantar, Pedro Nuno Santos disse: “Estou a marimbar-me que nos chamem irresponsáveis. Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses. Essa bomba atómica é simplesmente não pagarmos”, afirmou o deputado no polémico jantar. “Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos”, disse também Pedro Nuno Santos na altura.
in Publico (15/12/2011)
Isto é o limite máximo da falta de vergonha. Não há forma de descer mais baixo do ponto de vista de honorabilidade pessoal.
O mais grave é que estes tipos fizeram isto durante anos a fio. Hoje continuam na bancada parlamentar do PS. E este como Vice Presidente.
É esta a escumalha que Seguro nos quer fazer acreditar que está empenhada na solução dos problemas do país.
Com este tipo de discurso alguém acha possível que estando no poder poderia sair alguma coisa de bom? Alguma coisa no interesse do país?

Como é possível que tenhamos deixado que gente como este indivíduo tenha chegado a um lugar em que pode vir a ter os destinos do país nas mãos. O grau de irresponsabilidade e de falta de respeito pelos compromissos, sejam eles quais forem, não tem paralelo.

Na verdade não é nada com que Sócrates e os seus governos não nos tivessem já demonstrado. A má fé nas negociações, a ligeireza e a superficialidade das decisões, a negação das consequências do seus actos foram a imagem de marca deste PS. Para eles a propaganda era o que importava. A substância era secundária.


Imaginem-se a ter emprestado dinheiro a alguém que não vos paga. Imaginem agora que ele vos aparecia á frente e dizia uma coisa destas. O que faziam? Eu diria que esse alguém sairia bastante "torto" da conversa.

Esta forma de pensar está tão arreigada em alguns de nós, que se permitem dizer estas coisas falando de um país que poderia passar fome se uma coisa destas acontecesse.

São estes os que querem o melhor para Portugal.