As pequenas coisas que nos fazem dizer... hum...

"A maioria dos portugueses quer um outro governo". Não se cansam de apregoar Seguro e os outros senhores ainda mais à esquerda.

Tinha sido um alívio a saída de Gaspar, como se por acaso a política implementada fosse coisa da sua autoria integral.
Como é que ninguém percebeu que Gaspar teve de implementar a política imposta pela Troyka da melhor forma que sabia? Então quando os relatórios ou sugestões da Troyka aparecem isso não deu pistas a ninguém?

A margem de manobra de Gaspar era muito reduzida. Encurtada sensivelmente por opções políticas e por questões constitucionais. Que é exactamente o que vai acontecer com o próximo e com o próximo etc etc.

A diferença será talvez a competência e o saber de Gaspar para fazer face às restrições. A forma de fazer contas não se resume ao que muitos acham - um Excel.

Esta ideia estúpida de que um técnico é uma coisa que se pode substituir por outro qualquer ou por um afolha de cálculo revela bem a ignorância nestas matérias da maior parte dos comentadores.

Mas esperava que as pessoas estivessem aliviadas e contentes por poderem mudar de rumo. Ter um PS no Governo cheio de "sensibilidade" e a fomentar o "crescimento e o emprego".

Não. Nada disso.
Vejo muito boa gente preocupada pelo rombo que Portas abriu. Vejo muita gente preocupada com a possibilidade de ter Seguro (a vacuidade suprema e a incompetência gritante) a tomar conta de um país que mal se está a levantar do fosso onde os seus companheiros o meteram.
Mais que preocupação já vi pânico. Como se o mundo fosse acabar amanhã.
Os mercados detestaram a notícia, as pessoas detestam a notícia.
Afinal onde estão as "maiorias" dos portugueses de que falam Seguro, Arménio, Jerónimo e toda a esquerdalhada anarco psicopata que se manifesta sem cessar? Onde estão elas?